O cantor e compositor Gilberto Gil, 80 anos, lamentou nesta quarta-feira, 9, a morte de Gal Costa, uma das maiores vozes da MPB. Em seu perfil no Twitter, Gilberto Gil escreveu: "Muito triste e impactado com a morte de minha irmã Gaúcha".
Muito triste e impactado com a morte de minha irmã Gaúcha @GalCosta
— Gilberto Gil (@gilbertogil) November 9, 2022
Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela equipe da cantora, mas a causa da morte ainda não foi divulgada.
A artista passou por uma cirurgia em setembro para retirar um nódulo na fossa nasal direita, e por isso se afastou dos palcos por recomendação médica. Ela era uma das atrações do festival Primavera Sound, no último fim de semana, em São Paulo, mas a apresentação foi cancelada de última hora.
História na música
Gal Costa foi uma das maiores vozes da música popular brasileira desde que começou a cantar, na década de 1960. Adolescente, ela integrou o grupo Doces Bárbaros, junto com os também baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil. O grupo lançou um disco que definiu o gênero musical na década de 1970.
Foi também parte importante do movimento tropicalista quando participou do álbum "Tropicália ou Panis et Circensis". Em 1971, ela fez parte do espetáculo "Fa-Tal", que também se tornou um álbum reverenciado na música brasileira.
Na década de 80, sua voz deu vida para temas de novelas, e seus álbuns em parceria com diversos artistas da MPB fizeram grande sucesso. Foi nessa década que Gal Costa abraçou causas sociais e se mostrou ativista, usando a música para trazer visibilidade para causas como a seca no Nordeste.
Suas criações sempre tiveram co-participação de artistas relevantes, e nos trabalhos mais recentes, Gal arriscava incluir sons eletrônicos para atualizar sua obra, como no álbum Recanto, de 2011, aclamado pela crítica.
Em 2019, lançou o elogiado show A Pele do Futuro, com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD.