Há 45 anos, The Clash lançava 'London Calling'; conheça a história por trás da capa

Fotografia de Pennie Smith ilustrou a capa de um dos álbuns mais icônicos da década de 1970

14 dez 2024 - 16h15
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Foto: Capa de 'London Calling' ( Reprodução) / Rolling Stone Brasil

Há 45 anos, The Clash lançou London Calling, terceiro álbum de estúdio da banda. O disco de 1979, que inclui sucessos como "Train in Vain (Stand by Me)" e a faixa-título, alcançou o top dez das paradas do Reino Unido àquela época. 

Formado por Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e Nicky "Topper" Headon, o grupo inglês garantiu o segundo lugar na lista da Pitchfork dos melhores álbuns dos anos 1970, ficando atrás somente de Low, de David Bowie.

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A capa de London Calling também se tornou icônica. A arte mostra uma foto em preto e branco de Simonon quebrando o próprio baixo, com letras em rosa e verde formando o título. 

A foto de autoria de Pennie Smith é tida por muitos como a melhor foto de rock de todos os tempos.

Em 1979, o The Clash estava de contrato assinado com a CBS Records. A CBS, por sua vez, era empresa-mãe da Fender. Por isso, Simonon recebia novos modelos de baixo com frequência.

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The Clash no Palladium em 1979
Foto: Allan Tannenbaum/Getty Images / Rolling Stone Brasil

Na ocasião em que a foto de Smith foi feita, porém, o músico usava outro tipo de baixo, um Precision Bass (P Bass), provavelmente do início da década de 1970, mais pesado e de som mais grave que aqueles que a Fender estava oferecendo. Entre os fatores que determinaram a escolha do instrumento, estava sua versatilidade, que permitia que Simonon passeasse por diversos gêneros musicais (via Fender). 

No dia 21 de setembro de 1979, o The Clash se apresentou no Palladium, em Nova York, onde os assentos eram fixos. Simonon usava um baixo branco da Fender no qual havia pintado a palavra "Pressure". 

Enquanto a banda tentava agitar os fãs, os seguranças do local tentavam manter a plateia sentada — o que levou o baixista ao momento fotografado por Smith

"Isso me frustrou a ponto de eu destruir esse baixo", explicou Simonon em entrevista de 2011 para a Fender. "Infelizmente, você tende a destruir as coisas que ama."

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"Strummer pegou um dos pedaços e estava prestes a sair com ele. Eu só o puxei de volta e disse: 'Acho que isso pertence a mim'", lembrou. O músico guarda restos do instrumento até hoje.

Rolling Stone Brasil
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