Inquérito investiga suspeita de documentos falsos em processo de plágio contra Adele

Defesa de Toninho Geraes apontou indícios de falsificação em documentos apresentados pela defesa da cantora

15 jan 2025 - 15h50
Foto: Instagram/Adele / Pipoca Moderna

Queixa formal questiona autenticidade de documentos

A Polícia do Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar possíveis irregularidades em documentos apresentados pela Universal Music Publishing à Justiça. O caso está relacionado ao processo em que Toninho Geraes acusa a cantora Adele de plágio da música "Mulheres", gravada com sucesso por Martinho da Vila. A informação foi inicialmente divulgada pela rádio CBN.

Publicidade

De acordo com a defesa de Toninho, os documentos apresentados contêm "rasuras e entrelinhas inseridas à mão", além de a versão em inglês não ser uma tradução juramentada, como exige a legislação brasileira.

O advogado Fredimio Biasotto Trotta destacou que o local de assinatura também gerou estranheza. "É falso porque, em primeiro lugar, não há nenhuma notícia de que Adele, Greg [Kurstin] e Beggars tenham vindo ao Brasil para assinar o documento, que dirá no dia da audiência, como lá consta", afirmou.

Elementos suspeitos incluem formato da data e caligrafia

O documento assinado em São Paulo apresenta um formato híbrido de idiomas, trazendo a data "São Paulo, 19 December de 2024". Segundo a defesa, a procuração de Adele exibe "rasuras evidentes, com riscos e rabiscos feitos à mão".

Publicidade

A equipe jurídica de Toninho Geraes solicitou padrões caligráficos da cantora, incluindo autógrafos e cartas manuscritas, para embasar a análise. A defesa argumenta que as assinaturas divergem das originais conhecidas publicamente.

"Houve a necessidade de uma Notícia-Crime visando a abertura do Inquérito Policial, a fim de que as autoridades competentes possam investigar o caso, apurar a materialidade dos possíveis delitos e identificar eventuais responsáveis", explicou Trotta.

Repercussão no processo

O incidente processual aberto pela defesa busca comprovar se as procurações apresentadas são autênticas ou falsas. "Se corroborada a falsidade ou adulteração das procurações, Adele, Greg e Beggars não estão, na verdade, habilitados até agora no processo e poderiam, mais adiante, anular todos os atos praticados indevidamente em nome deles", acrescentou o advogado.

Até o momento, a Universal Music não respondeu às solicitações da imprensa sobre o caso. O espaço segue aberto para declarações e atualizações.

Publicidade
Pipoca Moderna
Fique por dentro das principais notícias de Entretenimento
Ativar notificações