Um juiz da Califórnia (EUA) rejeitou a ação movida por Spencer Elden, que quando bebê apareceu na famosa capa do álbum Nevermind (1991) do Nirvana, por um suposto caso de pornografia infantil. Fernando M. Olguin concluiu que Elden não apresentou sua resposta ao pedido dos ex-membros e herdeiros do Nirvana dentro do prazo estabelecido para o caso ser arquivado. O juiz deu até dia 13 de janeiro para a defesa de Spencer recorrer no caso.
Se nos próximos dez dias Elden não ajuizar nova ação, o processo será definitivamente concluído e o autor não poderá recorrer novamente. No processo inicial, Elden acusou o Nirvana de promover intencionalmente e comercialmente a pornografia infantil e de usar, em suas palavras, "natureza chocante" de sua imagem para promover a si mesmo e sua música. A ação também argumentou que os réus se beneficiaram e continuam a se beneficiar da "comercialização da exploração sexual" de Elden.
Entre os citados no processo estão Dave Grohl e Krist Novoselic, que, junto com Kurt Cobain (1967-1994), formaram a clássica formação do Nirvana. O processo também tinha como alvo Kirk Weddle, fotógrafo da capa de Nevermind; e Courtney Love como herdeira de Cobain. Estranhamente, a denúncia também acusa Chad Channing, que foi baterista do Nirvana nos primeiros anos e que deixou a banda em 1990, ou seja, antes do lançamento de Nevermind.
Elden buscava indenização, de acordo com a ação, por "danos que sofreu e continuará a sofrer pelo resto da vida". A capa de Nevermind é considerada uma das mais icônicas da história do rock e mostra um bebê mergulhando em uma piscina caçando uma nota de um dólar. Na adolescência e na idade adulta, Elden ensaiou um salto de volta para a piscina para recriar aquela capa várias vezes. Foi o que ele fez, por exemplo, em 2016, quando completou 25 anos do álbum. Em outras ocasiões, ele mostrou à imprensa seu desgosto por estar vinculado a essa imagem e provocou polêmica. (EFE)