Lady Gaga, Minions e Celine Dion abrem Jogos Olímpicos de Paris

Cerimônia de abertura teve mais Hollywood que Nouvelle Vague, além de rock, pop e muita inclusão dançante

26 jul 2024 - 19h29
(atualizado em 27/7/2024 às 03h09)
Foto: X/Olympic Games / Pipoca Moderna

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris entraram para a História nesta sexta-feira (26/7) como a primeira a acontecer fora de um estádio. O evento foi marcado por uma série de apresentações ao longo do Rio Sena e por pontos turísticos da capital francesa, que aconteceram sob forte chuva. Os pontos altos incluíram apresentações das cantoras Lady Gaga e Celine Dion, uma aventura animada dos Minions, um show de heavy metal na Bastilha, um desfile de moda em uma ponte, uma festa clubber sobre o Sena e barcos cheios de atletas globais.

Publicidade

A apresentação de Lady Gaga aconteceu logo no começo do evento, com a transformação de uma escadaria nas margens do Sena num palco ao ar livre. A cantora americana apareceu com uma plumagem de penas rosas para cantar "Mon Truc en Plume", que Zizi Jeanmarie, musa de Yves Saint Laurent, eternizou num espetáculo musical de 1961. O detalhe é que toda a participação foi pré-gravada e aconteceu cerca de três horas antes da cerimônia começar. A cantora também não cantou, optando por dublar a si mesma num registro feito previamente em estúdio.

O momento mais retumbante foi a passagem pela Bastilha, com cenas do musical "Os Miseráveis" e show da banda de metal francesa Gojira com a participação da cantora de ópera Marina Viotti. Mas todos os ritmos de pop rock foram contemplados, com performances dance music e rap franceses, além de um cover sem nexo de "Imagine", de John Lennon. Entre os destaques, vale mencionar a cantora Aya Nakamura, imigrante de Maui, que sofreu ataques de racismo na França quando seu nome surgiu como artista da abertura das Olimpíadas.

A xenofobia que quase colocou a extrema direita no poder na França foi confrontada durante todo o evento com cenas de inclusão, que ressaltaram o lema francês de Liberté, Égalité, Fraternité. Houve, inclusive, uma longa passagem pela ponte Debilly, ao lado da Torre Eiffel, em que representantes da comunidade LGBTQ+ local armaram uma festa com desfiles de moda e muita dança, numa celebração fashion de Paris e das fortíssimas noite gay e house music francesas. A discotecagem ficou a cargo da DJ Barbara Butch, ícone LGBTQ+ de Paris, que tocou vários hits da cena eletrônica nacional, de Stardust e Justice a David Guetta, ao lado de integrantes do reality "Drag Race France".

Publicidade

O momento hollywoodiano ficou por conta da inclusão de um curta animado com os Minions, que teriam roubado a Mona Lisa do Museu do Louvre. A tênue relação do marketing dos estúdios Universal com o evento foi justificada pelo fato de Pierre Coffin, o criador, dublador e diretor dos filmes "Meu Malvado Favorito/Minons", ser francês. Nouvelle Vague? Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris nem lembraram.

Após cavalgada de Joana D'Arc pelo Sena, discursos e desfile de atletas lendários, de Zinedine Zidane a Nadia Comaneci, Celine Dion foi responsável pelo encerramento do evento. A cantora canadense apareceu entoando o clássico "Hymne à l'Amour", de Edith Piaf, no alto da Torre Eiffel. Foi sua primeira apresentação em quatro anos, desde que recebeu o diagnóstico de Síndrome da Pessoa Rígida, que reduz seus movimentos e afeta suas cordas vocais. A interpretação mostrou que ela não perdeu nem um pouco da força de sua voz.

Confira alguns dos pontos altos da abertura dos Jogos de Paris.

Pipoca Moderna
Fique por dentro das principais notícias de Entretenimento
Ativar notificações