Larry Mullen Jr., baterista do U2, revelou que foi diagnosticado com discalculia.
Em entrevista à Times Radio publicada na última sexta-feira, 13, ele falou pela primeira vez sobre o transtorno de aprendizagem que afeta habilidades relacionadas aos números, incluindo a música. O músico comparou "contar compassos" de música a "escalar o Everest", por exemplo.
"Sempre soube que há algo que não funciona muito bem na forma como lido com números. Tenho dificuldades numéricas", relatou. "E descobri recentemente que tenho discalculia, que é uma subcategoria da dislexia. Então, não consigo contar, não consigo somar."
Mullen, então, explicou que a expressão "sofrida" em seu rosto enquanto toca bateria em shows do U2 é justificada justamente pela discalculia.
"Quando as pessoas me veem tocar, às vezes dizem: 'Você parece estar sofrendo'. Eu realmente estou, porque estou tentando contar os compassos. Tive que encontrar maneiras de fazer isso — e contar compassos é como escalar o Everest", argumentou.
Na ocasião da conversa com a rádio, Mullen divulgou também o documentário Left Behind, que narra a história de cinco mães responsáveis pela criação da primeira escola pública para crianças com dislexia em Nova York.
O baterista produziu e compôs a trilha sonora do longa-metragem motivado pelo diagnóstico de dislexia do próprio filho. No lançamento em outubro, no Woodstock Film Festival, Mullen disse: "Criar a música através dos olhos do meu filho disléxico foi algo pessoal e visceral".