Com 30 anos de carreira, Latino (51) afirma que é difícil escolher o momento mais marcante de sua trajetória. Celebrando o lançamento de Lovezin Bandido, faixa inédita do projeto Relíquias, feita em parceria com a cantora Melody (17) nesta sexta-feira, 20, o músico ainda conta como faz para se manter atual ao longo do tempo.
"É difícil escolher apenas um, mas [a música] Baby Me Leva sempre vem à mente. Foi um marco há quase 30 anos e continua sendo lembrada com muito carinho pelo público. O momento em que uma música se transforma em parte da vida de tantas pessoas, é uma das sensações mais gratificantes", afirma Latino, em entrevista à Contigo!.
À frente do projeto Relíquias, o músico driblou os desafios de atualizar suas canções clássicas e as unir com uma sonoridade moderna. Ao mesmo tempo, ele afirma que as letras e refrões marcantes são parte do sucesso de suas músicas.
Nesta sexta, ele apresenta ao público uma nova canção e afirma estar confiante com o resultado. "É uma faixa pensada para o verão, vamos lançar agora em dezembro e acredito que ela tenha um apelo forte. Fala desse amor bandido que ocorre muito na adolescência, e não só, mas uma relação que muita gente se identifica e traz o frescor da nova geração, com a voz da Melody."
Abaixo, Latino dá mais detalhes sobre o processo de construção do projeto Relíquias, recorda momentos especiais de sua carreira e também torce pelo sucesso de Lovezin Bandido. Confira trechos editados da entrevista.
Relíquias é um projeto muito especial para você, agora que completa 30 anos de carreira. O que te inspirou a revisitar seus clássicos e dar a eles uma cara nova?
Esse projeto é realmente especial, especialmente por comemorar 30 anos de estrada. A ideia de revisitar esses clássicos veio da vontade de trazer novas experiências, não só com os meus sucessos, mas com músicas que marcaram a mesma época. Colocar esses hits em medleys e acrescentar músicas que tiveram sincronicidade com a minha carreira nos anos 90 foi como construir uma ponte entre o passado e o presente. É um tributo ao que vivi, mas com uma energia atual que acho essencial para manter essas músicas vivas.
Fazendo essa união dos seus clássicos com o funk, você sente que a nova geração vai se aproximar mais da sua arte?
Acredito que sim. Esse som urbano e pop que costumo chamar de 'new funk' conecta muito bem com o público jovem. Não estou trazendo o funk tradicional, mas sim uma música urbana misturada com o pop e com os elementos eletrônicos, e acho que essa fusão é uma ótima forma de mostrar minha arte para a nova geração, em uma linguagem mais próxima deles. Mantemos a essência dos meus clássicos, mas com uma atualização que faz sentido nos dias de hoje.
E por que fazer essa união com o funk? Como funcionou a escolha desse novo gênero para revitalizar o seu estilo?
O que eu quis trazer foi uma pegada urbana, e a música urbana tem muita energia e autenticidade. É uma evolução, uma forma de acompanhar as tendências sem perder minha identidade. O 'new funk' é essa mistura dos elementos eletrônicos com a banda, e isso faz com que a música tenha uma característica própria, diferente de outros sons por aí. Dessa forma, consigo dar uma nova cara aos clássicos sem descaracterizar o meu estilo.
Teve algum desafio em especial nesse projeto? Foi preciso um cuidado para manter a essência das suas músicas e adicionar a pegada do funk atual?
Com certeza. Atualizar esses clássicos e misturar com uma sonoridade moderna, sem perder a essência, foi um desafio interessante. É um trabalho cuidadoso, para garantir que a nova pegada funcione sem tirar a personalidade da faixa. Cada música foi pensada com carinho, como Só Você, que deixamos para o Dia dos Namorados por ter um toque especial, já que gravei com minha esposa Rarbbie. Esse equilíbrio entre o novo e o tradicional é o que mais me envolveu nesse processo.
Como você escolheu as faixas que fariam parte do projeto? Foi difícil deixar alguma música de fora?
Foi difícil, sim. Com tantos sucessos, fazer essa seleção sempre é um desafio. Trouxe músicas que realmente se destacaram e fizeram história, como Baby Me Leva, que marcou minha carreira lá no início. Também decidi incluir uma inédita, Lovezin Bandido, que tem tudo para embalar o verão e fala desse amor que mistura liberdade e intensidade, com a participação da Melody. É sempre bom colocar algo novo, algo que renove o projeto e traga uma novidade para o público.
Lovezin Bandido se destaca como uma música inédita. Tá confiante que ela pode se transformar em um hit como outras canções suas?
Estou bem confiante, sim. Lovezin Bandido é uma faixa pensada para o verão, vamos lançar agora em dezembro e acredito que ela tenha um apelo forte. Fala desse amor bandido que ocorre muito na adolescência, e não só, mas uma relação que muita gente se identifica e traz o frescor da nova geração, com a voz da Melody. O público gosta desse tema e da vibe da música, que está moderna e animada. É sempre bom trazer uma faixa inédita como bônus em um projeto de releituras, acho que isso deixa o trabalho ainda mais completo.
O que fez os seus hits antigos se manterem tão presentes na memória do público?
Acho que as letras marcantes, os refrões pegajosos e a energia das músicas são parte disso. Minha carreira foi marcada por trazer letras e ritmos que se conectam com as pessoas, e quando você tem essa ligação, a música não perde a força com o tempo. Acredito que esse é o segredo: fazer algo autêntico, que toque as pessoas de uma forma que elas levem consigo ao longo dos anos.