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Lollapalooza: Vivo dará visibilidade a empreendedores negros no festival para combater racismo

Operadora quer fomentar o 'Black Money' dentro do evento de música por meio de nova campanha que contará com o cantor L7nnon

4 mar 2023 - 14h00
Público no show da banda Bring Me The Horizon no Palco Onix no Festival Lollapalooza 2019
Público no show da banda Bring Me The Horizon no Palco Onix no Festival Lollapalooza 2019
Foto: Gustavo Anterio

A Vivo decidiu usar sua a área VIP no Lollapalooza, um dos principais festivais de música do País, para divulgar o trabalho de cerca de 100 empreendedores negros de todo o Brasil e fomentar, assim, o "Black Money", ou o "dinheiro preto" (em tradução livre), como forma de combater o racismo estrutural no País. A empresa já tinha convidado apenas pessoas pretas para assistir o festival na edição passada.

Marina Daineze, diretora de marca e comunicação da Vivo Brasil, conta que, após o sucesso da última edição, a empresa decidiu ampliar o projeto. Agora, influenciadores, produtores, cabeleireiros, maquiadores, tatuadores, diretores, estilistas, designers, entre outros profissionais negros, estarão no centro da conversa da companhia no evento. "O que nós queremos é movimentar esse ecossistema e dar mais visibilidade para esses empreendedores negros durante o festival", afirma.

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Na avaliação de Viviane Moreira, da Zeka Educação Digital, com a nova etapa do "Presença Preta", a operadora de telefonia mostra a importância de pensar as ações raciais não apenas em datas comemorativas, mas em meio a um planejamento de médio e longo prazo, o que mostra o comprometimento da companhia com as questões raciais. "A Vivo é a prova de que é possível parar, ouvir a comunidade e construir ações que se conectam verdadeiramente com o público", afirma.

'O futuro é um corre coletivo'

Em 2022, como patrocinadora do Lolla Lounge - área VIP do festiva - a Vivo destinou 100% da sua cota de ingressos para convidar exclusivamente colaboradores e influenciadores pretos para o evento de música. À época, a companhia utilizou a plataforma para divulgar o seu serviço de internet 5G no Brasil, com a temática do afrofuturismo. Repetindo a ação do ano anterior, novamente, a Vivo irá direcionar parte dos seus ingressos para convidar funcionários, colaboradores e influenciadores negros do País.

Se no ano passado, a pauta da operadora de telefonia foi o combate ao elitismo nos eventos de música, em 2023 o foco será fomentar a economia negra, levando os artistas do "line up", o público na plateia e os empreendedores negros para o festival de música. "Tem um provérbio africano que diz: se quiser ir longe, vá acompanhado. Quando um de nós chega no palco, uma tropa inteira chega junto", diz o rapper L7nnon, novo embaixador da Vivo no festival de música.

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Outro ponto importante da nova fase do projeto é a continuidade em relação a internet móvel de quinta geração no Brasil, com foco na inteligência artificial.

Para divulgar a edição de 2023, a agência de publicidade VML&R criou o mote "O futuro é um corre coletivo" e utilizou a inteligência virtual para produzir cenários e personagens negros que reflitam a população negra do País.

Marina, da Vivo, conta que a iniciativa é uma tentativa da companhia de "educar" a tecnologia para evitar que essas ferramentas reproduzam discursos racistas vistos com frequência neste tipo de projeto. "Nós queremos enviesar a inteligência artificial para criar referências negras para o futuro. Não é só uma campanha momentânea, é a nossa plataforma de longo prazo. Porque para a marca ser relevante se conectar com os clientes, eles precisam, primeiro, se identificar e se ver nas nossas campanhas", enfatiza.

O material produzido pelos aplicativos de inteligência artificial será utilizado pela Vivo nas ativações das redes sociais e também na mídia out of home, no mobiliário urbano, além de estampar as campanhas da empresa na TV.

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