Muse toca Nirvana e sela união com público brasileiro

Grande atração do primeiro dia do Lollapalooza 2014, o Muse selou de vez sua afinidade com os fãs brasileiros.  Fãs do grupo tomaram praticamente todos os espaços livres do palco principal montado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. De acordo com a organização, 80 mil pessoas estiveram no local para o primeiro dia de shows. O grupo abriu sua apresentação com New Born, canção bem distante da atual fase da banda, lançada no disco Origin of Symmetry, em 2001.

O grupo ainda lembrou uma data importante para o rock. Neste sábado (5) se completam 20 anos da morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana. O trio tocou então um grande sucesso da banda de Seattle: Lithium. O coro do refrão foi acompanhado em alto e bom som.

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Para encerrar a primeira fase com sucessos mais antigos da banda - com guitarras em mais evidência - veio Madness, canção de The 2nd Law, pontuando um momento mais pop. A guitarra de Matt Bellamy voltou a soar fortemente em Hysteria e Map of the Problematique. Na sequência, um momento "para cantar junto". Starlight, do disco Black Holes and Revelations (2006), puxou um coro entusiasmado dos fãs acompanhados pelas palmas que imitam a batida característica da canção.

Em Time is Running Out, sucesso do álbum Absolution (2004), o Muse empolgou novamente o público, que pulou junto com se fosse uma só massa.

Para o bis, o grupo retornou com o baterista Dominic Howard, que voltou ao palco sozinho para um rápido solo de bateria. Munido de uma bandeira do Brasil, arrancou gritos calorosos. Já com a banda completa novamente, o Muse atacou com Uprising, primeiro single lançado do álbum The Resistance (2009). A canção, que por si só já soa como uma marcha, ganhou punhos erguidos ao ar e colunas de fumaça atrás do vocalista Matt Bellamy.

Para finalizar, o baixista Christopher Wolstenholme foi ao microfone com sua gaita para tocar Man with a Harmonica, música que faz parte da trilha do filme Era uma Vez no Oeste (1968), uma das parcerias entre o diretor Sergio Leone e o compositor Ennio Morricone. O trecho já não é supresa nos show do Muse, que sempre abre a execução de Knights of Cydonia com essa execução.