Diretora de Marilyn Manson: Unmasked, série documental que aborda acusações de abuso sexual e criação de culto contra o cantor de 56 anos, Karen McGann falou sobre como foi contar a história da polêmica, que começou após Evan Rachel Wood, atriz e ex do artista, acusá-lo de pedofilia, estupro e manipulação.
Durante entrevista ao NME, a cineasta foi questionada sobre os desafios para tirar a produção do papel. "Uma coisa é falar com um jornalista, mas é outra coisa, como sobrevivente, ou alguém que está fazendo acusações muito fortes, decidir se colocar diante das câmeras contando essa história," afirmou. "Foi muito difícil para a Rolling Stone escrever [sobre a investigação de 2021]; descobrimos que as pessoas estavam ainda mais reticentes em deixar registrado."
"Abordamos muitas pessoas e acabamos tendo muitas [conversas confidenciais]," continuou. "Quando as pessoas falaram, foi uma longa jornada traduzir aquelas conversas iniciais não oficiais em aparições diante das câmeras."
Em outro momento da conversa, McGann citou similaridades de Marilyn Manson com líderes de cultos: "Ele tinha a capacidade de criar uma devoção extraordinária nas pessoas. Definitivamente, há algo de culto na devoção que ele conseguiu obter de seus fãs. Ele tinha um carisma extraordinário. Você olha nos fóruns agora e há inúmeros relatos de pessoas que o apoiam abertamente. Há algo meio messiânico nele e acho que ele se apoiou muito nisso na construção de sua própria imagem nos anos 1990."
Ele é um indivíduo inteligente e entendeu que poderia representar algo para pessoas que se sentiam sub-representadas ou privadas de direitos. Ele fez uma carreira de muito sucesso com isso. Muitos de [ seus apoiadores] serão pessoas que o apoiaram nos anos 90. E, eu acho, novos fãs também.
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