Os chatos do ano: veja as 17 músicas mais "zzzz" de 2014

De banda Malta ao "fenômeno" Lucas Lucco, ano foi repleto de velhos clichês e consagração dos hits "pastel" que as rádios adoram

8 dez 2014 - 13h17
(atualizado às 15h21)

Se 2014 foi um ano com lançamentos promissores, como os novos CDs de Foo Fighters e AC/DC, apesar deste último ser o famoso "cover dele mesmo"; um belo tributo de Eric Clapton ao guitarrista JJ Cale; o bom Gilberto Sambas, com Gil cantando João Gilberto; o ainda melhor Convoque Seu Buda, de Criolo; e o talentoso e avassalador Pharrell Williams, com G I R L,  a lista de hits chatos e cheios de clichês é imensa. 

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No Brasil e no mundo, a quantidade de músicas lançadas sem um pingo sequer de originalidade, feitas sob medida para rádios e, ainda por cima, muito chatas, superou as expectativas e atingiu artistas de diversas gerações. 

Apesar da dificuldade de deixar alguns títulos de fora, conseguimos a proeza de juntar as 17 mais chatas do ano. Fãs, levem na esportiva. 

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1. Diz Pra Mim - Banda Malta

Há quem diga que a banda Malta é a salvação do rock brasileiro. Muitos juram que o grupo, campeão do reality Superstar, da TV Globo, prova que o rock nunca morrerá. Mas a trilha de abertura da novela Alto Astral  está mais para rocknejo do qualquer outra coisa, com um refrão explosivo e levada farofa desde o começo. O rock está vivo, sim, mas o responsável por isso está muito longe do universo Malta. 

2. Magic - Coldplay

Falando em cópia, em 2014 o Coldplay, que já tinha explorado (quase) todos os tipos de batidas pop manjadas existentes, resolveu reciclar e juntar todas elas em Magic , que fica seus quase cinco minutos de duração exatamente na mesma pegada. É como se a banda tivesse gravado uma melodia de 1 minuto e a mixagem a repetisse durante todo o preenchimento do hit. 

3. Let It Go - Frozen 

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Tudo bem, é só uma música de um filme infantil. Mas é chata, e muito. Outro caso de "cover dele mesmo", a Disney lançou, na voz de Demi Lovato, uma música que já foi tocada em quase todos os filmes de princesa da produtora. Fazendo uma simples adaptação de letra e melodia. 

4. We Are One - Pitbull ft. Jennifer Lopez e Claudia Leitte

We Are One  talvez tenha sido a coisa menos brasileira da Copa do Mundo no Brasil. A música tema do mundial faz um "afago" no País sede com a bateria do Olodum, mas passa longe de mostrar a riqueza infinita da música popular brasileira. Pitbull até arrisca um idioma latino em alguns versos. Pena que esse idioma é o espanhol. 

5. Booty - Jennifer Lopez ft. Iggy Azalea 

A música é a síntese do mundo pop atual. O clipe repleto de bundas é a única coisa que faz a canção ter o mínimo de repercussão. É pobre, manjada, comercial. Tão comercial que é quase um jingle para rádios. 

6. Shake It Off - Taylor Swift 

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A necessidade de agradar a evolução da indústria musical faz com que Taylor Swift, que tem talento, se torne um produto comum. Shake It Off  é um exemplo disso. A canção foge totalmente das raízes da cantora pop, como se ela estivesse tentando embarcar na onda Miley Cyrus de sucesso. É evidentemente fraca e sem nenhuma identificação com o tipo de cantora que é a loira.

7. Eu Sei Que Vou Te Amar - Ana Carolina 

A versão da cantora para Eu Sei Que Vou Te Amar,  clássico de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, é um verdadeiro clichê das trilhas de novelas. Especialmente de Manoel Carlos. A levada lenta, adormecida, pouco envolvente sintetiza perfeitamente o ritmo no qual Em Família navegou enquanto esteve no ar. 

8. Born To Die - Lana Del Rey 

Esse clima hipster deprê de Lana Del Rey pode até (para alguns) ser charmoso e honesto, mas soa falso e chato. Born To Die, que originalmente é de 2012, mas foi relançada como trilha de Em Família em 2014, errou de época, a moda emo já ficou para trás. 

9. Viva a Revolução - Capital Inicial 

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Não sei por que esperaria coisa diferente, mas ainda me surpreende a capacidade do Capital Inicial de embarcar em ondas para formar músicas extremamente manjadas. O dueto da banda com o ConeCrew utiliza o viral #VemPraRua como incentivo para o nascimento de Viva a Revolução,  que usa técnicas da escola Latino de música comercial, mesmo que o grupo brasiliense não tenha sido visto na rua ao menos uma vez durante manifestações. 

10. Destino - Lucas Lucco 

Faixas como essa justificam a perda de identidade do sertanejo, que nasceu como manifestação regional e hoje se tornou uma adaptação brasileira da música pop "mela cueca". Destino não é nada além disso. 

11. Mozão - Lucas Lucco

Ler o item 10. 

12. 11 Vidas - Lucas Lucco

Não questiono a homenagem de Lucas ao pai, que é totalmente válida e particular. Como o assunto aqui é música, 11 Vidas é a mesma coisa que Destino Mozão . Se você escutar uma, escutou todas. Pouco criativa. 

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13. Eu Não Merecia Isso - Luan Santana 

Nós também não, Luan. Antes de ouvir a voz da sensação sertaneja, é capaz de você achar que aquela melodia é o prelúdio de uma música de Jorge e Mateus, ou Victor e Léo, ou algo parecido. Isso porque soa como tudo o que é feito pelo sertanejo atualmente: pobre. Inclusive pelo próprio Luan. Além do mesmo velho assunto nos versos: dor de amor. 

14. A Marcha dos Infames - Lobão 

O (ex) músico estava tão preocupado em exercer sua hoje conhecida atuação política que esqueceu de um fato: a música. O antigo baterista da Blitz canta em tom totalmente equivocado para a sua voz e faz com que a canção pareça mais um número de um musical do Drácula. 

15. You And I - One Direction 

Sempre que uma boyband limitada pega um violão e tenta cantar quase à capela, a chance de sair coisa ruim é grande. Não é diferente aqui. A voz "doce" e levada de amor adolescente é imprópria para maiores de 15 anos. 

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16. Summer - Calvin Harris 

Apesar de animadinha, Summer  é chata, sim. Calvin Harris fica naquele ambiente, hoje comum, entre o pop e o hipster e faz a festa de quem curte uma música de memória curta. É hit do momento, que em 2015 você com certeza não irá mais ouvir falar. 

17. Dentro de Um Abraço - Jota Quest 

Mais Uma Vez, Só Hoje, Amor Maior  são provas de que o Jota Quest já lançou essa música antes. Só que com outro nome e letra. Mas, resumindo, é a mesma coisa, feita para vender, com pobreza de arranjo e uma acusação do esgotamento de ideias da banda. 

Gifs: giphy

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Fonte: Terra
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