Oli Sykes nasceu em Ashford, na Inglaterra, mas reside no Brasil há alguns anos. O vocalista do Bring Me the Horizon é casado desde 2017 com a modelo brasileira Alissa Salis e embora passe boa parte do tempo na estrada, já revelou ter ficado praticamente toda a pandemia de covid-19 no país.
Ao longo dos anos, publicações apontaram que ele teria morado em cidades no estado de São Paulo: Taubaté, cidade no interior a 130 km da capital, e Ubatuba, no litoral e a 223 km da megalópole. Em 2023, chegou a mostrar nas redes a chegada de seu documento nacional: a Carteira de Registro Nacional Migratório (RNM), destinada a estrangeiros que fixaram residência por aqui.
Será que Oli tem curtido morar no Brasil? Ao que tudo indica, sim: em entrevista à 89 FM A Rádio Rock (via Blabbermouth), o cantor até mesmo compartilhou o que mais aprecia em nosso país. Inicialmente, ele declarou:
"O clima, as pessoas, a comida. O modo de vida é muito diferente da Inglaterra, mas é muito bom para mim."
O modo de vida brasileiro, em sua opinião, é um pouco mais "lento". Isso é algo benéfico para o cantor, que precisava sair do ritmo mais acelerado da Inglaterra.
"Acho que mentalmente eu precisava desacelerar um pouco, e é muito difícil fazer isso na Inglaterra, enquanto quando você vem para cá, tudo é um pouco mais lento. As pessoas são muito mais tranquilas. Eu queria fugir há muito tempo. Sinto que preciso ter momentos de desconexão e me afastar de quem eu sou na banda e tudo o mais."
Sykes ainda destacou ter permanecido no Brasil durante a pandemia. Pelo tom de sua fala, porém, não pareceu ter sido algo planejado.
"Nunca pensei que seria no Brasil, mas meio que ficamos presos aqui no lockdown e eu acabei percebendo o quão em paz me sinto quando estou aqui. Simplesmente gosto muito disso."
Oli Sykes e a recaída em drogas na pandemia
Apesar do saldo positivo, o período da pandemia não foi nada fácil para Oli Sykes. Além do impacto direto da covid-19, o período trouxe uma crise de saúde mental em diversos países. Diante dessa situação, pessoas não procuravam ajuda e optaram por se automedicar. Esse foi o caso do cantor, que sofreu uma recaída em drogas.
Em entrevista ao Loudwire, ele explicou:
"Eu voltei a usar drogas durante a pandemia. Acho que foi simplesmente porque estava acostumado a estar desgastado. Quando a pandemia chegou e eu não tinha tanta coisa para fazer, eu fiquei tão entediado por não estar acostumado a ser uma pessoa real que tive uma recaída."
Sykes revelou que o medo do Bring Me the Horizon perder todo o ímpeto adquirido antes da pandemia o colocou em um estado mental de fragilidade. Até ali, sua ética de trabalho ditava um ritmo frenético, pois qualquer interrupção poderia ser fatal para a banda.
"Eu costumava achar que meu sucesso era baseado na mentalidade: 'Se pararmos por um minuto, nossa banda vai cair por terra, ninguém vai gostar da gente, não seremos mais grandes. Temos sempre que fazer músicas novas, precisamos nos motivar, precisamos fazer isso e aquilo, não temos um álbum'."
Foram quatro anos entre Post Human: Survival Horror (2020) e Post Human: Nex Gen (2024), os dois lançamentos mais recentes do Bring Me the Horizon. Nesse período, Oli Sykes precisou reestruturar seu processo mental — e naturalmente as ideias tipicamente ansiosas foram deixadas de lado.
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