O lendário produtor Quincy Jones (1933-2024) foi sepultado durante uma cerimônia fúnebre privada para a sua família em Los Angeles, no último domingo (10).
Um dos maiores nomes da indústria musical no século XX, Quincy Jones faleceu no dia 3 deste mês aos 91 anos e durante sua carreira, realizou feitos impressionantes na música, assinado composições que se tornaram verdadeiros clássicos, produzindo grandes álbuns e realizando ações humanitárias.
A família de Quincy Jones deu uma declaração à Associated Press explicando que a "cerimônia íntima incluiu os sete filhos do Sr. Jones, seu irmão, duas irmãs e familiares próximos".
Eles também informaram que estão "enormemente gratos pela demonstração de condolências e homenagens de seus amigos e fãs do mundo todo".
Contudo, a família de Quincy Jones não especificaram exatamente onde a cerimônia ocorreu, mas eles notaram que uma celebração pública da vida do produtor está sendo planejada e os detalhes do memorial "serão anunciados em uma data futura".
Em vez de flores, a família de Jones pediu que as pessoas realizassem doações para a Jazz Foundation of América.
Quincy Jones, que foi casado três vezes e teve sete filhos, incluindo sua famosa filha Rashida Jones, teve momentos marcantes em sua carreira, como a produção do álbum Thriller, de Michael Jackson, que se tornou o disco mais vendido da história da música e a reunião do supergrupo USA For África, que rendeu o histórico single We Are The World, lançado em 1985.
O mundo dá adeus a Quincy Jones, o produtor que deu um novo sentido ao pop
Quincy Jones foi uma poderosa força criativa na indústria musical. De seus arranjos para o jazz, onde ele mostrou seu talento inigualável para compor, o produtor, que nos deixou neste domingo (3) aos 91 anos, pavimentou o caminho para músicos que seriam proeminentes em suas áreas de atuação, fossem revelados.
Os primeiros movimentos de Quincy Jones na música se deram com sua aliança com um jovem nascido na Georgia, que se tornou seu grande companheiro musical: o cantor e pianista Ray Charles (1930-2004). Eles começaram a tocar em bailes e festas de casamento nos anos 1940. Na década seguinte, Quincy surpreendeu grandes nomes do jazz com os seus arranjos inovadores.
Em suas mãos, foram escritas verdadeiras obras primas para artistas como Sarah Vaughan, Duke Ellington e Count Basie, além de ser diretor musical do icônico trompetista Dizzy Gillespie.
"A música era a única coisa que eu podia controlar. Era o único mundo que me oferecia liberdade. Eu não precisava procurar por respostas. As respostas estavam ali, não mais longe do que o bocal do meu trompete e das minhas partituras rabiscadas a lápis. A música me tornava completo, forte, popular e autosuficiente", escreveu Quincy.
Quincy Jones tinha um profundo apreço pela música brasileira. Em seu álbum Big Band Bossa Nova, lançado em 1962 pela Mercury, o produtor reuniu os músicos Roland Kirk (flauta), Lalo Schifrin (piano), Chris White (baixo), Jerome Richards (flautista auto) e Rudy Collins (bateria) para criar um clássico da música mundial o qual levou apenas 20 minutos para desenvolver a composição. Além disso, Quincy chegou a desfilar na Portela em 2006 quando o enredo da escola era: "Brasil, marca a tua cara e mostra para o mundo".