Durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (24) com as atrações do festival Monsters Of Rock, o vocalista do Judas Priest, Rob Halford, foi questionado a respeito da importância de usar sua popularidade como uma das figuras mais importantes do metal para que os homossexuais possam ser encarados com mais naturalidade na cena. O músico, que declarou sua preferência por se relacionar com homens em 1998, no entanto, deixou claro que a sua relação com a causa LGBTT não está ligada à banda.
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"Sempre tento manter as duas coisas separadas. Às vezes, ficar em silêncio é tão importante quanto ser extravagante. Isso não quer dizer que eu não fique puto com algumas coisas que acontecem aqui na América Latina, por exemplo. Mas prefiro discutir isso em outra ocasião", declarou, dando a entender que acompanha os casos de violência contra homossexuais no continente.
O vocalista, ao lado de Ian Hill, Scott Travis, Gleen Tipton e o "caçula" Richie Faulkner, tocará nos dois dias (25 e 26) do Monsters em São Paulo, na Arena Anhembi. Na divulgação do evento, a banda consta como "convidada especial". "Acordamos cedo, dormimos tarde, nos apressamos para esperar depois, isso não parece muito especial (risos). Mas isso é o caos do rock'n'roll. Sério, ficamos muito honrados com o convite de tocar em ambos os dias. Essa é a melhor vida do mundo", brincou Halford.
Ainda sobre a rotina na estrada, o vocalista disse que é raro ter momentos como este, no qual pode reencontrar amigos. "Essa foi a primeira vez que encontramos o Primal Fear em quatro anos, eu acho. Mas outro dia eu encontrei Marilyn Manson e Billy Corgan e ficamos conversando por uma hora. Gosto desses momentos, mas é difícil fazer amigos na estrada", ressaltou.
O período de turnê pode ser mais "sofrido" pela banda, mas quando todos se reúnem para compor e gravar, o Judas Priest encontra seu eixo. "Acho que hoje tudo deve ser feito ao vivo no estúdio. Só assim você transmite a essência do que quer. Editar, recortar a música, é uma forma de trapacear. Quanto à inspiração, ela vem de todos os lugares. Da última vez, ela veio de Richie (que assumiu a guitarra que antes era do lendário KK Downing em 2011)", lembrou Halford, que ainda revelou guardar uma foto da primeira apresentação no Brasil no celular.