O Coldplay trouxe uma novidade tecnológica interessante para o Rock In Rio 2022: a pulseira iluminada responsável por um dos momentos mais icônicos da edição. Os acessórios foram distribuídos na entrada do festival e serviram como um complemento para quem curtiu o show da banda britânica.
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A pulseira possui 7 luzes de LED e foi feita de plástico sustentável de origem vegetal. Elas são compatíveis apenas com a tecnologia usada durante o show, por isso nem adianta levar para casa — inclusive, a equipe dos músicos pede que seja devolvida ao final da apresentação.
Pulseiras do Coldplay já começaram a ser entregues na entrada do festival! #RockinRio pic.twitter.com/RwzqPaNYAx
— We In The Crowd (@weinthecrowd) September 10, 2022
Mesmo com o aviso escrito em inglês, muita gente acabou levando a pulseirinha para casa — de propósito ou sem querer. Ela não vai ter utilidade nenhuma no dia a dia, mas servirá como recordação para os fãs.
Tinha um bando de gente gritando na saída nos mega fones que era pra devolver a pulseira do coldplay pfvr e os cara metem essa de não sabia que era pra devolver https://t.co/DXFRHHQESF
— Iza 1️⃣3️⃣🌈🦑 (@Targignis) September 11, 2022
Aliás, essa não foi a primeira vez que o Coldplay faz essa brincadeira com o público. O recurso está presente nas apresentações há quase uma década, desde a turnê Mylo Xyloto. A banda gosta do belíssimo efeito criado pelo mar de gente com as luzes acessas, um interessante completo ao setlist famoso.
Como funciona a pulseira do Coldplay?
Chamado de Xyloband, o acessório é controlado por infravermelho à distância pela produção da banda. Transmissores à prova d'água foram espalhados na área do Palco Mundo para possibilitar a comunicação com a pulseira.
A tecnologia de comando é praticamente a mesma de um controle de remoto de TV. Durante o show, a produção programa o sinal para acender, piscar e mudar de cor conforme o ritmo da música. Nem é preciso dizer que o público do Rock In Rio ficou encantado com o brinquedinho, né?
QUE CORAL FOI ESSE, QUE SHOW SENSACIONAL
A pulseira, a vibração da galera, o bolo de aniversário, ele indo cantar nos braços do pessoal, se comunicando em libras, cantando "Magic" em português, mostrando afeto e carinho, que foda que foi isso, obrigado Chris obrigado Coldplay pic.twitter.com/d37CPFeEgX
— Shinigami (@Ryukzinhooo) September 11, 2022
A versão usada no Brasil foi inteiramente feita de um material originário da cana-de-açúcar, com ela sendo considerada a primeira pulseira de plástico compostável (ou seja, que se degrada rapidamente no meio ambiente) à base de plantas do mundo. Isso faz com que o material tenha um impacto ambiental, mensurado em pegada de carbono, 400% menor que o plástico PET, usado em garrafas de refrigerante.
Quem criou a pulseira Xyloband?
Jason Regler é o inventor responsável pela pulseira de LED que roubou a cena no RiR 2022. Segundo o próprio, a música "Fix You", um dos maiores sucesso do Coldplay, foi a inspiração para a criação do acessório. Ele é fã da banda e começou a desenvolver o protótipo em 2005, quando os britânicos participaram do Glastonbury Festival.
These pictures sure are making us smile and bringing back so many amazing memories. Keep tagging us in them #xyloathome https://t.co/in01WmpCda
— Xylobands (@Xylobands) June 20, 2020
Desde então, a inovação já foi usada em shows de outras bandas, principalmente no mundo do K-Pop, eventos esportivos, grandes festivais e festas privadas. Porche, Redbull, Coca-cola, Nike, Vodafone, Heineken e MTV são alguns dos clientes mais famosos que usam o acessório brilhante.
Na apresentação realizada em 2017, no Alianz Parque Arena, em São Paulo, a banda já havia usado a band iluminada, embora fosse um modelo diferente. Em show realizado no mês passado em Paris, o Coldplay usou o acessório em um estádio lotado em Paris, na França. O resultado é ainda mais bonito que Rock In Rio, porque o público estava menos disperso:
Dá para acender a pulseira do Coldplay depois do show?
Não. até o momento, não se conhece uma maneira de fazer a pulseirinha funcionar no dia a dia, já que ela é controlada apenas por infravermelho. Além disso, o revestimento em plástico precisaria ser rasgado para os testes, o que nenhum fã provavelmente vai querer.
Os modelos antigos, de shows realizados entre 2015 e 2018, foram abertos por curiosos e algumas pessoas conseguiram um modo de fazê-la acender — embora não fosse possível controlar os LEDs. Resta saber se os brasileiros, os reis da gambiarra, vão conseguir fazer a pulseira do Coldplay funcionar fora do show.
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