Conheça a Ego Kill Talent, revelação do rock nacional

Banda, que abrirá turnê do Metallica em 2020, se apresenta no palco Sunset do Rock in Rio no dia 28 de setembro

19 set 2019 - 16h14

Com letras em inglês, a Ego Kill Talent começou em 2014 mas já acumula feitos impressionantes: De turnê com o Foo Fighters à confirmação de que irão abrir os shows do Metallica na turnê brasileira em 2020, o grupo vem crescendo como um dos grandes nomes do rock nacional. 

Formada por veteranos da cena musical, provenientes de bandas como Sepultura, Sayowa e Reação em Cadeia, a Ego Kill Talent acaba de gravar um novo álbum no estúdio 606, da banda Foo Fighters, nos Estados Unidos. Às vésperas da apresentação do grupo no palco Sunset do Rock in Rio no dia 28 de setembro, o Terra conversou com Theo Van Der Loo, guitarrista e baixista do grupo (a Ego Kill Talent tem o hábito de trocar instrumentos entre seus integrantes) para saber sobre a trajetória da banda.

Publicidade
Ego Kill Talent: Pouco tempo de formação, mas já estão conquistando os palcos do mundo.
Ego Kill Talent: Pouco tempo de formação, mas já estão conquistando os palcos do mundo.
Foto: Denis Carrion

Vocês são uma banda formada por músicos experientes, já faziam parte de outras bandas. Isso faz diferença na hora de vocês trabalharem juntos?

Eu acho que faz sim, nem só pela parte musical, mas também pela parte de relacionamento. Tem aquela máxima de que banda é tipo casamento, você tem momentos incríveis tipo estar no palco tocando, mas também tem momentos de tomar decisões que às vezes tem que debater… Eu acho que tudo isso, o fato de termos bandas antes, fez muita diferença. A gente já sabe como lidar com essa parte de relacionamento. 

Em termos de influências, quando escutei o som de vocês, me lembrei muito do grunge dos anos 90. Isso é uma das suas principais influências suas?

Com certeza é uma paixão de todo mundo da banda. Todo mundo gosta muito das bandas dos anos 90 e 80 e isso sem dúvida é uma influência de todo mundo. Ao mesmo tempo, a gente ouve muitas coisas que não são do rock. Phil Collins, Lenny Kravitz… Antes de você me ligar, eu tava vendo um show do Bon Iver, que é super melancólico. A gente ouve de tudo. 

Publicidade

Vocês gravaram o novo disco no estúdio do Foo Fighters. Como foi o processo de gravação?

Foi incrível. Na realidade, essa possibilidade pintou quando terminamos a turnê com eles no Brasil. O pessoal da parte de management deles perguntou se a gente queria gravar no estúdio deles. Geralmente, o 606 não tem disponibilidade de tantos dias, mas a gente gravou durante quase um mês e meio. Foi incrível, a gente tá trabalhando neste disco há mais de um ano. Os caras foram muito legais com a gente, nos deixaram usar todos os equipamentos. Usamos os amplificadores do Foo Fighters, bateria, gravamos várias músicas com a caixa do Queen. Foi incrível.

Vocês parecem ser uma banda mais internacionalizada, desde a escolha de cantar em inglês até tocarem muito no exterior. O mercado internacional é algo que interessa mais a vocês do que o brasileiro?

Na verdade, eu não sei se a palavra é “interessar mais”. O que queremos é que nossa música chegue no máximo de lugares possíveis. A gente escolheu fazer em inglês porque acreditamos que sonoramente funciona com nosso som, e na realidade sempre tentamos fazer com que a música chegasse o mais longe possível. Agora a gente tá trabalhando na estratégia de lançamento do disco, assinando com uma gravadora, e toda a estratégia de lançamento internacional a gente pensa meio que tudo igual. Brasil, Estados Unidos, Europa… Pensamos igual para tudo, na melhor estratégia para cada território.

E quando vocês tocam no exterior, como vocês são recebidos? Nos shows tem mais gringos ou brasileiros?

Cara, é mais gringo e é muito doido. Com esse negócio das plataformas digitais, desde o primeiro disco já tinha gente que conhecia a banda lá fora. Tinha gente cantando as letras, e é por causa dessas plataformas. A primeira turnê no exterior, tanto no Chile quanto na Europa, quando eu via alguém cantando no público eu ia pessoalmente falar com a pessoa depois do show, porque eu queria saber como que ela conhecia. No nosso primeiro show na Holanda havia três pessoas cantando tudo, e quando eu perguntei todo mundo disse que era pelas plataformas digitais.  

Publicidade

Vocês foram escolhidos para abrir os shows do Metallica no Brasil em 2020. Como surgiu esse convite?

Quando fizemos a turnê do Foo Fighters foi com a Live Nation, que é a mesma produtora que tá fazendo a turnê do Metallica. Naquela época o pessoal da produtora já falou que haveria uma turnê do Metallica, e estávamos vendo essa possibilidade. A gente então assinou com a C3, que é uma empresa de management dos Estados Unidos e coincidiu que um mês depois confirmaram a turnê do Metallica com a Live Nation. Um dos caras da C3 conhece tanto o Lars [Ulrich, baterista do Metallica] quanto o empresário deles, e eles fecharam por lá. Pra gente, chegou uma confirmação falando que ia rolar. Metallica é uma das bandas que eu e o Raphael [Miranda, integrante da Ego Kill Talent] mais ouvimos na nossa vida, então a gente tá feliz pra caramba.

Vocês vão tocar no Rock in Rio no dia 28 de setembro, no palco Sunset. Como estão os preparativos? 

A gente tá bem animado, é o nosso primeiro show desde novembro do ano passado, na Europa. A gente tá há muito tempo sem fazer show, e com isso estamos com uma sede, uma fome danada, e estamos muito felizes de o primeiro show do ano ser no Rock in Rio. A gente tá muito pilhado, há duas semanas que estamos ensaiando todos os dias e só vamos parar dois antes antes do festival.

Veja também

Please come to Brazil: Taylor Swift anuncia show em SP
Video Player
Fonte: Redação Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações