A última vez que Katy Perry fez um show no Brasil, o jovem Rafael Andrade tinha apenas 13 anos. Hoje, aos 19, ele celebra a vinda ao Rock in Rio 2024 após passar por uma demissão e ignorar a temida “praga de mãe” para ver a dona do hit Firework. A cantora se apresenta nesta sexta-feira, 20, ao lado de outras artistas em um line-up dedicado apenas a mulheres.
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Sentado no gramado da Cidade do Rock, na zona oeste da capital fluminense, o soteropolitano aguardava ansioso pelo show de Katy Perry, que só deve subir ao palco Mundo à meia-noite. Enquanto esperava, o katycat (como são chamados os fãs da artista) relembrou a saga para chegar ao Rock in Rio.
“Eu comprei o ingresso para o festival em dezembro e fui demitido em janeiro. Até maio, não tinha perspectiva de nada”, contou. “Já estava pensando em desistir de vir quando, em maio mesmo, eu fui contratado para um estágio”, completou.
O primeiro salário no novo trabalho só viria em junho, pouco mais de três meses antes do Rock in Rio. O cronograma apertado e a escassez de dinheiro não desanimaram Rafael. O fã usou toda a quantia recebida para pagar a hospedagem em Santa Teresa, no centro do Rio. Do local, demora quase duas horas para chegar na Cidade do Rock.
“Primeiro, paguei a acomodação. Chegou em julho, eu comprei a minha passagem de ida. Em agosto, eu comprei a minha volta. Foi assim, bem devagarzinho, mas nunca pensei em desistir”, contou.
O esforço de Rafael para realizar o sonho de ver a diva pop favorita veio a contragosto da família. Ele, que aprendeu a gostar das músicas de Katy Perry com uma tia, ouviu até praga de mãe para não comparecer ao festival. “Minha mãe desejou que o avião caísse! Ela e meu pai não me deram nenhum direito para vir e nem aprovaram”, disse. “Com certeza é a maior loucura da minha vida”, definiu.