Minhas memórias do Rock in Rio - Parte 1

11 set 2024 - 06h50
Resumo
O Rock in Rio marcou a vida do autor com grandes shows e momentos inesquecíveis.
Minhas memórias do Rock in Rio - Parte 1
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O Rock in Rio marcou minha vida de várias maneiras. Não era possível ser um jovem amante de música no Brasil ao longo dos últimos 40 anos e não ser impactado pelo maior festival de música do país. Por isso mesmo, todos os que foram a alguma edição do festival têm recordações dele. Aqui estão as minhas.

Em 1991, eu tinha um objetivo: assistir ao Guns N’ Roses, a maior banda de rock do mundo naquela época. Era a fase “Use Your Illusion” e o GNR estava no auge da carreira, no topo do mundo. Lembro-me do Maracanã completamente lotado, sem espaços vazios. E, claro, lembro-me da sensação de estar assistindo a uma banda no auge de sua forma. Não são muitas as oportunidades que aparecem ao longo da vida nesse sentido.

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Já em 2001, o Rock in Rio me proporcionou assistir a alguns dos maiores shows da minha vida, em especial R.E.M. e Neil Young & Crazy Horse. Ambos se apresentavam no país pela primeira vez e foi muito emocionante ver Michael Stipe regendo a multidão em hinos como “Losing My Religion” ou “It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)”. 

Já sobre Neil Young & Crazy Horse, minha recordação suprema é vê-los ocupando o centro do gigantesco Palco Mundo e deixando espaços vazios nos lados, mas fazendo um som tão coeso, alto e visceral que até hoje dói nos ouvidos. Além desses, lembro-me de ter visto Oasis, que se apresentaram antes do Guns N’ Roses, tocando de forma burocrática; e, claro, a volta de Axl Rose e seus asseclas. Jamais vou me esquecer do chão da Cidade do Rock tremendo ao som de “Welcome to the Jungle”. Um miniterremoto que nem deve ter figurado na escala Richter, mas ficou na memória de todos que ali estavam.

Voltei ao festival em 2013, mais de dez anos depois, com um único objetivo: assistir a Bruce Springsteen & the E Street Band. E minha maior recordação off-show é da multidão indo embora da Cidade do Rock logo após o show de John Mayer. Azar de quem fez isso. Perderam um dos maiores shows de rock da história. Espertamente, Bruce tocou, na íntegra, todo o “Born in the USA”, seu disco de maior sucesso no Brasil, além de muitos outros clássicos de seu inigualável repertório.

Responsável por me proporcionar alguns dos maiores momentos da minha vida musical, o Rock in Rio é um festival que não só eu, mas todos os amantes de música, guardam no coração. Hoje, ele não me diz mais muita coisa, mas é inegável sua importância na minha formação.

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(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.

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