Programação feminina lota Rock in Rio com fãs fiéis de divas pop

Nesta sexta-feira, 19, o festival recebeu nomes como Katy Perry e Karol G

21 set 2024 - 10h09
Foto: Catarina Carvalho/Terra

Se as garotas só querem se divertir, como canta Cyndi Lauper em um de seus grandes sucessos, o objetivo foi cumprido nesta sexta-feira, 19. Com uma programação 100% feminina, o Dia Delas, no Rock in Rio 2024, chamou a atenção como o mais lotado da edição até o momento e marcou com shows empolgantes e cheios de surpresas.

O tom apaixonado que se seguiria por toda a noite, com fãs cantando sucessos de suas artistas preferidas a plenos pulmões, já apareceu no início da tarde. Às 14h, quando os portões gerais foram oficialmente abertos na Cidade do Rock, na Zona Oeste da capital fluminense, muita gente corria para pegar o melhor lugar na grade do palco Mundo sob um sol de 31°C. Dali em diante, a última atração da noite só se apresentaria pouco mais de 10 horas depois, às 00h10.  

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Foto: Catarina Carvalho/Terra

Entre os sete palcos do festival, se apresentaram mulheres como Luedji Luna, Cynthia Luz, Pocah e Iza, grávida de oito meses, que emocionou ao falar da gestação de Nala, sua primeira filha. “Em 2022, eu trouxe minha mãe e agora a mãe sou eu. Minha barriga está uma bola de boliche, mas está tudo bem, né, Rock in Rio?”, brincou a cantora durante o seu show no palco Sunset. Em 2022, Iza se apresentou no palco Mundo do festival. 

Ela ainda levou Ivete Sangalo para cantar o sucesso “Meu talismã”. A baiana também surpreendeu Iza ao aparecer com uma jaqueta bordada com o nome de Nala. “É só para ela lembrar que a tia aqui já ama muito ela”, disse. 

Muito antes de participar do show de Iza, Ivete já tinha feito a Cidade do Rock virar carnaval com sua apresentação. A artista abriu os trabalhos no palco principal com um balé bem coreografado, hits de outros carnavais e fez o público do Rock in Rio pular com seu axé. 

Veveta, como é carinhosamente chamada pelos fãs, também foi ovacionada ao ser içada em uma estrutura durante a apresentação da música “Pequena Eva”, em um momento à lá Pink no Rock in Rio de 2019. Apesar da surpresa, o show de Ivete não era exatamente novo para quem já tinha visto a artista em cena, mas foi o suficiente para empolgar mais uma vez. Enquanto pulava em um calorão de 31°C, o público próximo a grade recebia água gelada em copos plásticos lacrados dados pela organização do evento. 

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Foto: Catarina Carvalho/Terra

Em dia da norte-americana Katy Perry como headliner, quem olhava no entorno do palco Mundo via inúmeras pessoas vestindo camisas com o rosto de Ivete Sangalo ou com versos de canções como “Macetando”. A impressão, aliás, era de que entre o público, majoritariamente masculino, não existia unanimidade. Se no dia anterior as camisas em homenagem ao cantor Ed Sheeran dominavam a escolha dos fãs, na sexta, no mesmo espaço, estavam grupos diversos, igualmente animados. Os “zamuris”, de Ivete Sangalo, os “katycats”, de Katy Perry, e até as “bichotas”, como são chamados os fãs da colombiana Karol G. 

Quem uniu todas essas “turmas” foi a cantora Cyndi Lauper. Em sua primeira participação em uma edição do Rock in Rio, a artista de 71 anos fez todo mundo cantar sucessos como “Girls just wanna have fun” e “Time after time”. Em “True colors”, então, era possível ver um mar de smartphones a postos para filmar o momento. 

O que ocorreu logo após seu show foi diferente do que vinha acontecendo durante todos os dias do festival. Isso porque, em outras noites, o público se dividia entre as apresentações do palco Sunset e Mundo. Assim que acabava um show no palco principal, era possível ver um grupo enorme de pessoas em direção ao palco secundário. 

Na noite das divas pop, não teve fã que abrisse mão do espaço mais próximo do palco para ver outras apresentações. Nem mesmo a cantora Tyla, dona do hit Tiktoker “Water”, fez o público querer sair de perto da grade do palco Mundo para ver seu show no Sunset. Até mesmo por isso, a sexta-feira foi o dia mais difícil para andar pelo gramado com tranquilidade. O espaço já estava tomado com um público fiel e obstinado a não arredar o pé até a última música da headliner, Katy Perry. 

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Pouco antes dela, a colombiana Karol G fez as vezes no palco Mundo e animou um público que não está acostumado a curtir ritmos latinos. Com oito indicações no Grammy Latino 2024, a cantora é um sucesso absoluto em países como Colômbia, México e Peru, mas empolgou mesmo o público brasileiro quando falou em português, cantou o remix do funk “Tá Ok” e chamou a drag queen Pabllo Vittar no palco, para performar a música “Álibi”, com Sevdaliza e Yseult, suas parceiras na gravação. 

Para quem aproveitou o show de Karol G próximo ao palco, tentar se posicionar um pouco mais atrás para ver Katy Perry se tornou uma missão quase impossível. Isso porque a lotação dificultava a ponto de quase impedir o trânsito de pessoas por ali. Quando Katy Perry surgiu no telão, era complicado para andar até na altura do palco Sunset, cerca de 400 metros de distância de onde a norte-americana cantava. 

Depois que os fogos de artifício anunciaram o fim do show de Katy ao som de “Firework”, o público ainda ficou na Cidade do Rock para curtir a nostálgica apresentação de Xuxa no espaço Itaú, anunciada no mesmo dia. 

Ao final do dia, a sensação era de que o Rock in Rio 2024 tinha começado ali, em seu quinto dia de atrações. A empolgação de um público grandioso e as performances entregues em palco pelas divas pop fizeram a edição de 40 anos do maior festival do Brasil finalmente ganhar “cara” de festival.

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Fonte: Redação Terra
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