Não foi fácil, mas ouvimos o disco de estreia inteiro da banda Malta, vencedora do Superstar. O reality show (mais um) da TV Globo buscava uma grande estrela da música. E não foi dessa vez que encontrou.
Entre Nós Dois - O primeiro compasso surpreende. Tem um pianinho ali meio Coldplay. Vamos aguardar. 3:25 daquela mistura melódica de rock meio sertanejo pronto para a rádio pop.
Memórias - Mais um pianinho. Essa já era hit dos caras antes mesmo do programa Superstar. Começa o piano, entra voz, entra violão e tudo explode no refrão. Será? De novo? Quem curte Malta por causa do rock n roll devia ir num show de sertanejo. É quase a mesma coisa.
Diz Pra Mim - Essa já começa com todo mundo tocando no talo. Solinho de guitarra, virada de bateria e entra a voz. Jon Bon Jovi ficaria orgulhoso. Chitãozinho e Xororó também. Lá pelo meio da música a guitarra até dá uma abafada nas cordas para ficar mais pesada, mas todo mundo sabe que a meta é só o refrão chiclete grudar no pessoal. Mais uma dessas e eu desisto.
Lendas - Me ouviram! A quarta não é igual - ao menos não começa igual. Baladinha de violão e uma intro bonitinha. Quase me enganaram. Embora o arranjo seja ligeiramente diferente, é mais do mesmo.
Mais Que o Sol - É sério. O começo em falsete tenta ser fofo, mas depois quase vira um arroto. De verdade. Ouçam. Não preciso nem falar que o restante da música é mais do mesmo: começo devagar, ponte emocionante, explode no refrão chiclete. Rock de arena sertaneja mais prevísivel do que nunca. A única coisa positiva dessa faixa é que ela é a mais curta do CD com 2:17.
Vai Ser Assim - "Vai ser assim". Estou vendo. Tudo de novo. Estou preso na mesma faixa do disco.
Tudo Outra Vez - Ainda bem que até eles já sabem. Tudo outra vez, mais uma vez. Bem cansativo.
Baby - Essa começa com o piano e voz. Romantismo no ar. Nada contra os românticos, mas há um limite para ser tão monotemático.
Super Nova - Essa é a música 9. Já estava me cansando as baladas românticas. Ufa. As guitarras voltaram. A introdução tem uma levada bem Metallica dos anos 90, com influências gritantes de Whiskey in the Jar, cover gravada em 1998. Longe do ideal, mas bem melhor que o restante do disco.
Alguém - Durou pouco o momento rock. Lá vamos nós para mais uma balada.
Cala a Tua Boca na Minha - Uma bateria ao fundo, uma introdução interessante de guitarra. Durou pouco também. "Não foi culpa sua nem minha". Voltou o chororô. E esse título tem bastante cara de sertanejo do Villa Country.
Nova História - Primeira música realmente pesada. Sabe aquela sensação que a gente tem quando ouve uma banda fazer em um ou dois compassos aquilo que realmente queria fazer? Guitarras dobradas, distorção e bumbo duplo na bateria, lembrando um pouco Killswitch Engage e derivados. O refrão não escapou de ter a melodia chiclete, mas é uma boa música perdida entre tantas baladas repetitivas. Uma pena ser a penúltima faixa do disco.
Como Tudo Deve Ser - Curiosamente, o trecho final do disco foi reservado para as músicas mais pesadas e que despertaram mais interesse. Como Tudo Deve Ser tem tanto potencial radiofônico quanto as outras, mas passa mais distante da fórmula rock/sertanejo/pop chiclete que aparentemente cativou tantos.
Nota final do disco:
Aproveite e faça nosso quiz aí embaixo:
Você sabe diferenciar Emo de Sertanejo, faça o teste