Ludmilla mira em Beyoncé, mas é talento dela no funk e no pagode que garante o show no The Town

Apresentação teve grandes inspirações, mas melhor parte foi quando Ludmilla foi ela mesma; show também contou com participação especial de Lulu Santos

7 set 2023 - 21h36
(atualizado em 8/9/2023 às 00h07)
Ludmilla se apresentou no palco Skyline, do The Town.
Ludmilla se apresentou no palco Skyline, do The Town.
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Os boatos eram de que Ludmilla faria um dos melhores shows de sua carreira, afinal o investimento foi de R$ 3 milhões - um milhão a mais do que o show do Rock in Rio, que foi considerado o melhor de todo o evento.

No festival carioca, ainda que não fosse no Palco Mundo, Ludmilla levou convidados, fez discurso antirracista, abusou das pirotecnias. Basicamente, mostrou que o palco principal é o artista quem faz.

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Assim, a expectativa era alta. E os primeiros minutos realmente animaram o público que lotava o espaço do palco Skyline. Pontualmente às 16h05, um cofre dourado abriu revelando a cantora com um look coberto de joias. A música de abertura escolhida foi Hoje, hit de 2014, que fala sobre promessas de uma grande noite.

A cantora tocou funk, versões de voz e piano, R&B, pagode e até dançou um reggae. A mistura de estilos também se fez presente na clara inspiração da cantora em artistas internacionais. Mas a melhor parte do seu show foi quando relembrou seus hits antigos ou cantou os famosos pagodes do Numanice, e se permitiu ser ela mesma, sem chapéus à lá Beyoncé ou brincadeiras com a câmera no estilo Rosalía.

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O show de câmeras, aliás, foi comandado por uma diretora de fotografia de Hollywood, Camila Cornelsen. A impressão era que a filmadora era coreografada e estrategicamente se aproximava, afastava ou até tremia a partir do que os dançarinos faziam no palco. Eram mais de 30. Todos com passos ensinados pela coreógrafa internacional, Nicole Kirkland, que já trabalhou com Saweetie e Chris Brown.

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De acordo com a cantora foram mais de 150 horas de treinamento. E durante as intermissões eles puderam colocar isso completamente à prova. Na primeira, foram oito minutos de pura dança sensual enquanto Ludmilla aproveitava para trocar de roupa. No som, músicas mais lentas do seu novo álbum, Vilã.

Na volta, a energia do publico era mais baixa, mas foi logo mudada quando Ludmilla cantou Maldivas na versão pagode. O ânimo durou pouco, uma vez que houve outra pausa para troca de roupa - e mais danças. A espera foi um pouco menor e com surpresa: a cantora voltou acompanhada de Lulu Santos. Juntos, cantaram Toda Forma de Amor, música de Lulu.

Lud terminou seu show com a energia que prometeu. Cantou hits antigos, dançou, interagiu com o público e desfilou bastante na passarela. A festa realmente tinha chegado. Ou melhor, a favela. Favela Chegou fechou o show da artista.

Ludmilla no The Town
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Mc Beyoncé, que foi seu primeiro nome artístico, cantava Fala Mal de Mim, música que a artista repetiu no palco do The Town e foi bastante cantada pelo público.

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Na parte inspirada na Beyoncé atual, ela mostrou a habilidade já conhecida na dança, trocou de figurino duas vezes, mas não animou o público em todos os momentos. Talvez a inspiração nessa primeira Beyoncé era o que o povo mais queria. Muito mais do que algo internacional.

Veja o que Ludmilla tocou no The Town:

  1. Hoje
  2. Sou Má
  3. Onda diferente
  4. Socadona
  5. Deixa de onda/ Deixa todo mundo louco
  6. Só sinto raiva
  7. Malvadona
  8. Sintomas de prazer
  9. Brigas demais
  10. Eu não quero mais
  11. Maldivas
  12. Momento surpresa
  13. Rainha da favela
  14. Verdinha
  15. Funks antigas: Cheguei/Dindin/24 horas por dia/Fala mal de mim/Não encosta/Favela chegou
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