O trio Decris - formado pelos irmãos do Paraná Robson, Cristiano e Wagner - vem chamando a atenção do público com suas composições e carisma. Os músicos conquistaram o País com uma dinâmica pouco usual na esfera sertaneja: três vozes para conduzir seus hits. Em entrevista à Contigo!, eles detalham a origem do conjunto, revelam como é trabalhar em família e refletem sobre trajetória de aprendizado entre irmãos.
"Essa formação começou comigo. Eles eram uma dupla sertaneja. Assim que eu entrei, a gente formou esse trio. Então, era Robson e Wagner e eu fazia algumas participações nos shows deles. O contratante falou: 'Tem que trazer mais o irmão mais novo para participar dos shows de vocês, que agrada'. Então, fui ficando nessas participações, o contratante foi pedindo e aí a gente formou", explica Cristiano. "Acabei estragando a dupla, né, Robson? (risos)", brinca ele, em seguida.
"Acho que você não estragou, não, só ajudou. Acho que isso criou um diferencial muito bacana para nós, porque quando deixamos de ser uma dupla sertaneja, a gente teve que colocar uma terceira voz. E isso trouxe um diferencial muito grande nos arranjos que a gente faz. Então, a gente canta três vozes, aprendeu a harmonizar essas três vozes; deixou de ser uma primeira e uma segunda voz para ser as três. Então, a gente sempre brinca que estragou a dupla, mas acho que trouxe uma outra experiência musical para nós, uma forma de se destacar bem diferente", ressalta Robson.
Cristiano emenda: "Decris é por causa do Cris mesmo, foi essa brincadeira que agora não é mais o Robson e o Wagner, agora são os irmãos do Cris, então ficou Decris. É um nome que tem muito a ver com a gente, não significa algo assim didaticamente, mas é um nome que nos representa".
Wagner relembra uma situação bastante divertida. "Inclusive, quando a gente estava com um contratante e ele ia recontratar o show da dupla, ele falava: 'Mas vocês vão trazer o menininho para fazer a participação?' O Cris era muito novo, tinha 7 para 8 anos. Ele cantava uma ou duas músicas e ia para o carro dormir. A gente precisava de autorização de juiz, porque todo mundo é muito novo, e meu pai sempre acompanhava, então o contratante quando ia recontratar, mas traz o menininho, porque o menininho está fazendo mais sucesso que vocês (risos). Então, se deu a entrada do Cris, a formação do trio é em homenagem a ele, se chama Decris", fala.
"Acho que a gente teve um privilégio muito grande de conviver junto como família. Nossa profissão nos deu essa oportunidade de estar sempre juntos, então isso é muito gostoso. Como o Wagner mesmo disse, existem os desafios profissionais, que é a hora que a cabeça ferve, o sangue ferve nas logísticas, nas escolhas mesmo da nossa carreira, mas isso é inerente, é normal em qualquer profissão. Mas acho que sermos irmãos nos ajuda muito, e permite, eu acho, a gente estar sempre se afiando bastante, estarmos bem próximos. Então, quando um precisa do outro, tem sempre alguém ali para poder dar um apoio. Acho que é importante ser irmão, na música mesmo, porque os nossos timbres vocais são muito parecidos. Então, na hora de harmonizar a voz, gera uma coisa muito legal, por serem parecidos", frisa Robson.
Questionados sobre o que aprenderam ao longo desse tempo de carreira juntos, Robson pontua: "Acho que foi como o Wagner disse. Com o passar dos anos, a gente vai aprendendo a se respeitar e a entender, principalmente, que certas coisas não são para serem resolvidas naquele momento. Tem que esperar, talvez a poeira baixar, a cabeça entrar no lugar, pensar um pouco, para que a gente dê sequência. A gente aprendeu a ter esse respeito um com o outro, trabalhando juntos. E reconhecendo muito a importância do sangue na nossa carreira mesmo, porque isso faz com que a gente se una cada vez mais".
ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA COM O TRIO DECRIS NO CANAL DA CONTIGO:
