Key Vieira, a viúva do sertanejo Chrystian (1956-2024), iniciou o processo de inventário para identificar quais bens foram deixados pelo artista, já que os herdeiros não possuem esta informação. Até o momento, o documento apresenta mistérios que os familiares não conseguem esclarecer. As informações foram divulgadas pela colunista Fábia Oliveira.
A viúva se tornou a inventariante principal pelo fato de ter sido casada com comunhão universal de bens. Desta forma, todo o patrimônio adquirido por Chrystian durante o casamento passou a pertencer a ambos os cônjuges em partes iguais. Key diz que sempre dependeu financeiramente do marido.
Para iniciar a documentação, Key solicitou uma intimação da Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes) para tentar garantir os direitos autorais do compositor. A família também pretende descobrir se Chrystian tinha valores pendentes nas plataformas Amazon, Deezer e Spotify para a divisão correta dos bens.
Em total sigilo?
Um ponto curioso nos autos do processo é que Chrystian não deixou informações sobre suas posses bancárias para a esposa e seus filhos. Para entender seu patrimônio financeiro, a família terá que solicitar um ofício destinado ao Banco Central.
Nos próximos meses, os herdeiros devem identificar possíveis contas corrente, poupança ou serviços digitais, além de aplicações financeiras, seguro de vida e demais produtos bancários em nome do cantor sertanejo.
Morte de Chrystian
O cantor Chrystian morreu aos 67 anos no dia 19 de junho, em São Paulo. Ele teve parada cardíaca e chegou a ser transportado pelo helicóptero da Polícia Militar até o Hospital Samaritano, mas acabou não resistindo.
O artista sofria de rim policístico, um distúrbio hereditário que faz grupos de cistos se desenvolverem no órgão, e se preparava para um transplante de rim, que seria doado por sua esposa, Key Vieira. A cirurgia estava marcada para março, mas foi adiada para o final do ano devido a problemas de saúde do cantor.
Durante os exames pré-operatórios, Chrystian precisou ser submetido a um cateterismo, o que exigiu o uso de medicação anticoagulante por seis meses, impossibilitando a realização da cirurgia de transplante durante este período.
