Há muito tempo tantas histórias não eram encerradas de uma só vez na televisão brasileira. Neste final de ano, vários nomes de peso deixaram postos nos quais estavam havia anos.
Na Globo, uma era chegou ao fim com a saída de Boninho, que, por si só, foi responsável pela implantação de projetos que marcaram época, como o "BBB", "No Limite" e "Fama". Não se pode negar que o diretor carregou durante tanto tempo o DNA da ousadia e da experimentação, apostando em formatos diversos e acreditando em talentos que poderiam ter passado batido pelo canal - Ana Clara é um grande exemplo disso. É triste, no entanto, que Boninho tenha deixado a Globo justamente em seu aniversário de 60 anos, quando se comemoram 25 edições do "Big Brother Brasil".
Com a saída de Boninho, especula-se ainda o final de outra longa jornada: o especial de Roberto Carlos, figura icônica em todo dezembro, também tem chances de deixar a programação. Quem também deixa a Globo em definitivo é Galvão Bueno, que já tem encaminhadas negociações com Amazon e Band.
Na Band, Ana Paula Padrão, responsável por implantar a onda de realities gastronômicos no país, despediu-se do "MasterChef" para seguir carreira corporativa. José Luiz Datena, depois de uma tentativa frustrada à Prefeitura de São Paulo, também seguiu outros rumos e foi fazer jornalismo policial no SBT. Agora, ele compete com o próprio filho no horário.
Na Record, após 14 anos, Rodrigo Faro encerrou um ciclo. Chega ao fim seu programa aos domingos e também seu contrato. Nele, criou-se o marcante quadro de namoro em que ele dançava fantasiado de grandes nomes da música. Seu destino, ao que parece, será o SBT.
O SBT, aliás, abriu mão do lendário Raul Gil, que deixou em definitivo as tardes de sábado, para surpresa geral. Mas, no caso da emissora, o maior dos encerramentos foi a partida de Silvio Santos, em agosto. A partir de agora, o canal vive um recomeço.
