Embora nos últimos tempos fosse presença bissexta na TV brasileira, Agnaldo Rayol poderia ser considerado praticamente um alicerce do veículo. Além de ser uma das vozes mais potentes da música popular brasileira, o cantor mistura a sua trajetória com a da televisão.
Depois de uma carreira bem sucedida no rádio, o artista ganhou destaque na Record, nos anos 60, comandando programas próprios, entre eles o "Agnaldo RayoI Show" e "Corte RayoI Show", ao lado do humorista Renato Corte Real. Também foi uma das atrações da edição de estreia do programa Jovem Guarda. Nos anos 80, comandou por oito anos o grande sucesso "Festa Baile", na TV Cultura.
Mesmo anos depois continuou relevante. Além de emplacar em eventos com sua "Ave Maria", considerada a mais bela do país, foi trilha sonora de várias novelas. Na abertura de "Terra Nostra" voltou aos holofotes fortemente. Sua parceria com os folhetins de Benedito Ruy Barbosa foi profícua e esteve em sucessos como "O Rei do Gado".
Nos bastidores, sempre foi considerado um lorde. Educado ao extremo, discretíssimo sobre sua vida pessoal, por mais que fosse considerado um galã, evitava divulgar seus amores e sua vida fora das telas e dos palcos. Até o fim da vida foi considerado uma das maiores vozes do Brasil. E assim será lembrado. Deixa um legado imenso. E fará falta. Fundou parte relevante da cultura nacional.