O que parecia ser exceção à regra, com a prisão de Deolane e sua mãe, Solange Bezerra, virou, na verdade, uma operação bem mais ampla. A Integration, que decretou a prisão de Gusttavo Lima na última segunda-feira (23), mostrou que não há influenciador que esteja livre de investigação por ligação com jogos de azar.
Correndo em segredo de Justiça, as ações têm poucos detalhes divulgados, mas dão mostras de que vão virar divisores de água na indústria de entretenimento da internet. Sempre vistos como "autênticos", tais famosos de redes sociais pouco se importavam com a opinião pública, a ponto de circular com foragidos ou alvos de processo. Sempre ostentaram carros milionários, joias caríssimas e viagens nababescas sem se importar com a receita federal. E pior: não se preocupavam com os prejuízos que poderiam trazer a seus seguidores divulgando determinadas empresas.
Agora, com a Justiça mostrando que há, enfim, alguma seriedade neste país, talvez passem a tomar mais cuidado. Se um dos cantores mais famosos do país não está acima da lei, então, haverá, pelo menos, a esperança de alguma regulação do setor.
A coluna tem conversado com empresários do setor e pessoas ligadas a estes casos. Há a expectativa de que Deolane e Gusttavo Lima não sejam os únicos alvos. Patrocínios, investimentos e parcerias com determinadas empresas podem fazer com que alguns famosos tenham o mesmo destino. Para alguns, no entanto, o fato de o sertanejo ser muito famoso é uma esperança de que tudo se resolva sem que mais influenciadores acabem presos. Resta acompanhar os próximos desdobramentos.