Um dos reality shows originais mais criativos da Netflix, "Ilhados com a Sogra" voltou com uma segunda temporada e conseguiu o que parecia improvável: fez com que a segunda temporada superasse a primeira. Se no ano de estreia o programa já apresentou histórias divertidas com famílias como as famílias Sassone e Tenório, nesta, já de cara, os conflitos começam postos de maneira muito objetiva e em torno de duas figuras polêmicas.
A primeira, Patrícia, sogra da família Mendonça, deixou muita gente boquiaberta com o modo como tratava a nora, Isabella. Embora falasse sempre de Deus, agiu com ironia e partiu para o confronto já no começo do jogo. O mesmo fez Ioná, da família Sousa, que não se furtou a mandar Ana Paula, sua nora, calar a boca ou tratá-la com gritos. Numa experiência com dias contados, não tem terapia que dê jeito. No bunker, onde ficam os filhos, os conflitos também existem, ao contrário da edição anterior.
Nesse sentido, o mérito precisa ser dado à produção de elenco da atração, que encontrou figuras dispostas a se expor e também a contar histórias que trazem reflexão. Há, por exemplo, um homem transexual - lindo, carismático e gente boa - entre os participantes. E esse tipo de representatividade - bem como a naturalidade com que o assunto é tratado - é de suma importância.
Outra grande vantagem está na evolução de Fernanda Souza como apresentadora, cada vez mais à vontade em seu papel. A Netflix definitivamente acertou ao postar nesse formato original brasileiro. Que venham mais temporadas.