Considerada uma grande subversão ao universo de super-heróis, "The Boys" estreou com um sucesso tão retumbante que foi logo renovada para várias temporadas pelo Amazon Prime Video. A série deu origem ainda a um spin off, chamado "Gen Z", que mostra desdobramentos do universo da produção. Ocorre que tamanha empolgação pareceu esticar o fio de narrativa mais do que deveria.
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Em sua quarta temporada, a produção começou a andar em círculos, criando situações sem grande relevância apenas para poder estender mais a história, que, sim, é baseada no original dos quadrinhos, mas não obrigada a manter-se 100% fiel ao conteúdo, uma vez que os gêneros são diferentes. O episódio final deste ano parece ser a prova definitiva disso, ao sinalizar um novo ciclo, a trama dá sinais de cansaço e ainda assim aponta para um futuro infinito, sem previsão de desfecho. Fosse uma novela, reclamaríamos de "barriga", aquele momento de enrolação para "encher linguiça".
O grande risco que "The Boys" corre é o de virar um pastiche de si mesma. O elenco segue afiado e as situações inusitadas ainda rendem boas risadas, mas a história anda tão ralentada que a série perde em relevância e sofisticação. Anthony Starr, o vilão Capitão Pátria, segue como grande destaque, mas até mesmo o personagem tem parecido monocórdico e cada vez mais birrento.
Talvez o mais indicado seja a Amazon começar a pensar em como rumar para o desfecho da produção, antes que ela se desgaste e perca a audiência fiel que a acompanha.