Desde que teve seu nome anunciado para uma participação especial em "Renascer", Malu Mader teve uma verdadeira devassa em sua carreira promovida pelas redes sociais. Fãs da atriz trataram de apresentar alguns de seus trabalhos icônicos para uma geração mais nova, que parecia alheia à importância da estrela. Parecia. Hoje, Malu virou um ícone.
Não é difícil, aliás, entender a razão para tanto. Não se trata somente de beleza, embora ela seja uma mulher lindíssima, uma das mais lindas das últimas décadas. Malu representa também um ideal de independência feminina desde os anos 80, com papéis icônicos. Musa de Gilberto Braga, discutiu sexo e submissão em novelas e minisséries, caso de "Corpo a Corpo", "Anos Dourados" e "Anos Rebeldes". Com "Fera Radical" e "Top Model" virou a mocinha favorita dos jovens a época.
Com "O Dono do Mundo", virou um caso de estudo. Sua personagem, vítima de uma aposta de um mau caráter, passou a ser julgada por procurá-lo para uma noite de amor. Até hoje pesquisas da Globo apontam que essa foi a razão do fracasso inicial da trama. Ou seja: Malu, até com suas personagens, esteve à frente do seu tempo.
Fosse em papéis de época, como a cafetina Ester, de "Força de um Desejo", ou a famosa Maria Clara Diniz, de "Celebridade", a atriz sempre segurou com competência seu protagonismo. Era de se estranhar, portanto, que esteve longe das novelas, gênero que a consagrou. Com incursões pelo cinema, como artista e também diretora, Malu ainda é também o retrato de um Brasil mais descolado, mais esperançoso e roqueiro. Não à toa é casada com Toni Belloto, dos Titãs.
Com um currículo desses e uma base de fãs tão sólida, não é de se estranhar que a Globo pense em estender sua participação em "Renascer", antes prevista para durar apenas cinco capítulos. Discreta sobre sua vida pessoal, Malu deixou sua carreira falar por si. E merece todo o holofote que voltou a pairar sobre si. A Globo não pode ficar sem uma atriz deste quilate em suas novelas.