Desde que entrou no ar com Jô Soares no SBT, o talk show virou uma constante na vida do brasileiro. O espectador de TV aberta não só gosta como consome bastante programas de entrevistas. Difícil reinventar um gênero sempre baseado em conversas, mas Tatá Werneck conseguiu isso ao estrear o "Lady Night", no Multishow. Divertido, o programa tem sido exibido em esquema de curtas temporadas, mas talvez esteja na hora de aceitar que isso não é mais suficiente.
Sempre que coloca no ar papos inéditos, a atração viraliza rapidamente e passa a pautar conversas. Não foi diferente no episódio da última terça-feira (22), com Inês Brasil e Narcisa Tamborindeguy de convidadas. O encontro entre as duas personalidades rendeu boas risadas e momentos icônicos. O mesmo pode se dizer da conversa com Xuxa e Angélica, que as mostrou sob uma luz desconstraída, falando de assuntos pouco comuns.
Os quadros e os entrevistados são muito bons, sempre, e, sim, talvez isso se deva ao tempo de maturação e preparação do programa. No entanto, com fama consolidada, dificilmente ocorreriam empecilhos para manter o nível de produção num esquema com mais episódios.
Está na hora de reconhecer que Tatá Werneck é uma potência como apresentadora e ampliar seu espaço. O "Lady Night" teria todas as condições de garantir boa audiência em um tempo tão irregular para a TV aberta. A Globo deveria reconhecer isso e apostar de uma vez na atração.