Quando entrou na Record substituindo Márcio Garcia, Rodrigo Faro chegou com o frescor de alguém que queria fazer programa de auditório de um jeito diferente. "Vai dar Namoro", seu quadro mais famoso na época, virou meme por causa de suas imitações de famosos e fez a frase "Hoje não, Faro" se espalhar como um ditado da moda.
Na época, as novidades foram tão bem vindas que o apresentador virou uma espécie de coringa da emissora. Apresentou também o "Ídolos", "A Fazenda de Verão", mais recentemente as versões do "Canta Comigo". O programa dominical, no entanto, careceu de novidades. Passou a se apoiar extensamente em "A Fazenda". Viu o quadro de namoro gastar sua fórmula. Não emplacou novos segmentos que mexessem com o público.
A disposição do começo virou repetição nessa reta final no canal, de onde anunciou sua saída após 16 anos. Faro se manteve no ar até mesmo num período de crise de programas de auditório, mas, ao contrário de Celso Portiolli, Luciano Huck e Eliana, não conseguiu se reinventar e reverter a crise de audiência.
Em seus próximos passos, precisará bem escolher seus projetos. Talento não lhe falta, mas é preciso se cercar das armas certas para recuperar a confiança do espectador. O que antes era salvação para a Record, acabou virando motivo para sua despedida. A renovação é importante.