O produtor de cinema vencedor do Oscar Harvey Weinstein disse estar se afastando de sua companhia e buscando terapia após o New York Times relatar nesta quinta-feira que ele havia sido alvo de queixas de assédios sexuais.
O New York Times relatou que Weinstein, de 65 anos, havia entrado em oito acordos prévios não divulgados com mulheres que fizeram acusações de assédios sexuais e contatos físicos indesejados.
As mulheres incluem uma atriz, uma modelo e duas assistentes e as acusações foram ao longo de quase 30 anos, relatou o jornal.
"Eu entendo que a maneira que eu me comportei com colegas no passado causou muita dor, e eu sinceramente me desculpo por isto. Embora eu esteja tentando ser melhor, eu sei que tenho um longo caminho a percorrer", disse Weinstein em um comunicado ao New York Times que também foi entregue à Reuters.
"Eu trouxe terapeutas e planejo me afastar de minha companhia e lidar com esta questão", disse Weinstein, cujos filmes vencedores do Oscar incluem "Shakespeare Apaixonado" e "Chicago".
A Reuters não pôde confirmar de forma independente a reportagem do New York Times. Weinstein não foi acusado de qualquer crime.
Uma das mulheres entrevistadas pelo New York Times foi a cantora e atriz de "Risco Duplo" Ashley Judd.
Segundo a reportagem, Judd disse que há duas décadas teve uma reunião com Weinstein em seu quarto de hotel em Beverly Hills, onde ele perguntou se ela poderia lhe fazer uma massagem ou se poderia olhá-lo tomar banho.
Weinstein e seu irmão Bob formaram o estúdio independente Miramax em 1979. Eles posteriormente venderam o estúdio em 2005 e criaram a The Weinstein Company.