A rainha Camilla optou em não usar o diamante Koh-i-Noor, considerado "amaldiçoado", durante a cerimônia de coroação dela e do rei Charles realizada na Abadia de Westminster, em Londres, na manhã deste sábado, 6.
Foi a primeira vez em quase 300 anos que uma rainha consorte reutilizou uma peça já utilizada anteriormente. Como previsto, Camilla usou a coroa da Rainha Mary, mas optou por uma pequena modificação na joia para a retirada do diamante.
O diamante Koh-i-Noor --nome que significa "Luz da Montanha" em persa -- foi um presente para a realeza britânica e repassado entre as gerações. Ele é considerado "amaldiçoado" quando usado por homens governantes, já que há registro de mortes dramáticas entre aqueles que o usaram.
A coroa em que o Koh-i-Noor foi incluído possui 2,8 mil diamantes no total, e foi feita pela joalheria Garrard & Co. A coroa foi criada exclusivamente para a coroação de George VI, pai de Elizabeth, e é sempre usada em ocasiões especiais.
Índia reivindica diamante
Apesar de ter sido um presente, há um movimento na Índia para reivindicar o diamante, considerado uma peça histórica e propriedade cultural, que veio do garimpo no país.
Autoridades do governo indiano, celebridades e empresários chegaram a assinar uma petição em 2015 para que o Koh-i-Noor fosse devolvido, mas sem sucesso. Em 2017, o Tribunal de Londres declarou que o diamante deveria ficar em posse da coroa, já que foi dado à rainha Vitória pelo império indiano.