A monarquia britânica manteve o silêncio nesta terça-feira, 9, depois que Meghan e o príncipe Harry acusaram um familiar de fazer um comentário racista sobre seu filho e ela dizer que foi alienada a ponto de cogitar o suicídio.
A entrevista reveladora do casal a Oprah Winfrey arrastou a realeza à sua pior crise desde a morte de Diana, mãe de Harry, em 1997, quando a família liderada pela rainha Elizabeth foi muito criticada por demorar a reagir.
No programa de duas horas, transmitido pela rede norte-americana CBS na noite de domingo, Harry também disse que seu pai e herdeiro do trono, príncipe Charles, o decepcionou.
"A pior crise real em 85 anos", disse a manchete do jornal Daily Mirror, e a capa do Daily Mail perguntou "O que eles fizeram?". Já Trevor Kavanagh, colunista do Sun, questionou se a entrevista é o fim da realeza.
"Dificilmente ela poderia ser mais prejudicial para a família real, até porque há pouco que ela possa fazer para se defender", disse o Times em um artigo de destaque com o título "Ataque real".
Elizabeth, que está com 94 anos e ocupa o trono há 69, quer algum tempo antes de o palácio emitir uma resposta, disse uma fonte da realeza.
Quase três anos depois de seu casamento repleto de celebridades no Castelo de Windsor, Meghan angariou solidariedade nos Estados Unidos ao descrever alguns membros não identificados da família real como indiferentes, mentirosos e culpados de comentários racistas.
A gravidade das alegações cria dúvidas incômodas sobre a capacidade da monarquia britânica para funcionar em um mundo meritocrático.