'Julie and the Phantoms': o que achamos do remake americano

Seriado traz romance impossível, dramas adolescentes e música muito, muito boa para o catálogo da Netflix

9 set 2020 - 09h00
(atualizado às 09h12)

Drama adolescente leve com pitadas de sobrenatural, com romance impossível e música muito, muito boa. Essa é a fórmula de sucesso Julie and the Phantoms, que estreia nesta quinta-feira, 10, na Netflix. Com um “currículo” extenso de produções focadas para o público jovem – vide A Barraca do Beijo, Por Lugares Incríveis, Para Todos o Garotos que eu Já Amei, é preciso esforço da gigante do streaming em sempre estar diversificando o catálogo, mas o remake americano do seriado brasileiro Julie e os Fantasmas é uma opção atraente para o seu público cativo do gênero, ou para quem quer se recordar da inocência de sua juventude. 

Julie and the Phantoms, série musical adolescente da Netflix estreia no dia 10 de setembro
Julie and the Phantoms, série musical adolescente da Netflix estreia no dia 10 de setembro
Foto: IMDB / Reprodução

Na série, de nove capítulos de pouco mais de 30 minutos cada, Julie (Madison Reyes), uma adolescente, estudante do Ensino Médio, perde a sua paixão pela música após a morte de sua mãe. Mas o encontro com três fantasmas músicos, mortos há 25 anos, no antigo estúdio de sua mãe, transformam a sua vida. Com a música como forte ligação,  Luke (Charlie Gillespie), Reggie (Jeremy Shada) e Alex (Owen Patrick Joyner), começam a se apresentar com a vocalista, e descobrem que ao cantar com ela, eles tornam-se visíveis para todo mundo. Com isso, o quarteto começa a sua jornada, com Julie recuperando a sua vontade de cantar e tocar, e com os músicos fantasmas tentando descobrir o motivo da sua permanência na Terra. 

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E entre os pontos altos da série estão as performances da novata Madison Reyes, além da sua própria escalação. É muito bom poder ver uma protagonista não branca nas telas. E, claro, não podemos deixar de comentar sobre o talento musical da atriz. A potência com que Madison entoa as músicas, emociona. E são fruto de uma procura meticulosa e longa. Para o papel de Julie, os diretores de elenco Jason La Padura e Natalie Hart viram  mais de 700 audições ao redor do mundo e chegaram a um corte com 100 possíveis candidatas, os “melhores do país”. Foram mais de 300 fitas com audições enviadas, até que uma professora de artes de uma escola em Allentown, Pensilvânia, nos Estados Unidos, sugerisse Madison

A música também, claro, é o que diferencia Julie and the Phantoms das demais séries do gênro. Com a direção de Kenny Ortega (High School Musical e Descendentes), as canções são extremamente viciantes – e fortes candidatas para compor a sua playlist de quarentena. Cada episódio tem o título de uma canção e faz ligação direta com a trama. Mas mais do que isso, as músicas funcionam separadamente também, como bons singles

Outro destaque é a leveza com que temas dolorosos são abordados. A morte e o luto são sub-tramas importantes para o enredo. Mas por ser uma série adolescente leve, a roupagem com que esses assuntos são tratados, ganham até certo humor. Mas nem por isso deixam de passar sua mensagem. Afinal de contas, a partir do encontro de Julie e dos seus músicos fantasmas, vemos a superação da perda, dos dois pontos. Tanto para quem se vai, mas também para quem fica. 

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Em contrapartida, o arco narrativo da personagem Flynn (Jadah Marie), melhor amiga de Julie, deixa a desejar. Ela tem papel secundário na história e existe somente a partir das necessidades da protagonista. Fica o desejo que para uma possível continuação da série, a personagem ganhe mais destaque e profundidade. Julie and the Phantoms estreia no dia 10 de setembro, na Netflix

Fonte: Redação Terra
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