Talvez o título não lhe pule aos olhos como primeira opção em meio a um catálogo tão extenso como é o do Disney +. Lançado no Brasil e na América Latina em 17 de novembro, o serviço de streaming da Disney agrupou o conteúdo não só da Disney, mas da Pixar, Marvel, Lucasfilm (Star Wars) e National Geographic. Escolher o que assistir é como andar pelos parques temáticos da Flórida. Tudo é novidade. Tudo é euforia. Mas assim que você começar a ver Elephant, você não vai conseguir parar.
Dirigido por Mark Linfield, o documentário narrado pela duquesa de Sussex, Meghan Markle acompanha a elefanta africana Shani, e seu filho sapeca Jomo, e o seu rebanho, por uma incrível jornada pelo deserto de Kalahari. Desde o Delta do Cubango até o rio Zamberi, em busca de água, pela sobrevivência.
Com um texto delicioso e roteiro envolvente, é impossível não se tornar um entusiasta por elefantes após o documentário. Veja bem, não é uma jornada fácil. Mas também não é uma jornada desconhecida. O rebanho repete os mesmos passos de seus antepassados – o que é essencial para o sucesso da viagem. E a cada check point que Gaia, a matriarca que lidera o rebanho alcança, mais sabemos sobre essa espécie magnífica com risco de extinção.
Tudo é impressionante: como se orientam, como cuidam dos membros que precisam de ajuda. Mas nada é mais tocante do que a habilidade que têm de demonstrar emoção. Em determinado trecho da jornada, os elefantes encontram ossadas. E pouco a pouco, elefante por elefante se aproxima dos restos mortais e com as trombas prestam as suas homenagens às memórias do que ali já foram um magnífico ser. A sequência parece um ritual. É emocionante.
Sob o selo DisneyNature, uma gravadora de filmes independente da Walt Disney, o documentário fala do impacto dos elefantes e a importância da espécie para o ecossistema. E é uma oportunidade de promover a conscientização da espécie.
Talvez por isso Meghan Markle, duquesa de Sussex, tenha se envolvido no projeto. Para narrar Elephant, ela abriu mão dos seus honorários e fez um belo trabalho. Para quem é fã da atriz, é uma forma de poder prestigiá-la. Desde que se tornou membro da família real, Meghan pausou seus trabalhos artísticos. Elephant, portanto, é o seu retorno tímido para a carreira e com uma causa que acredita. E não é de hoje que a atriz exerce o seu poder de influência para defender projetos ambientais. Ainda mais com a África, um continente que tem tanto significado para Meghan e Harry. Desde o namoro, até após o casamento, com Archie, o casal teve passagens por lá, em diferentes países, até com uma viagem sendo documentada em Harry & Meghan: An African Journey. O carinho pode ser sentido na entonação de suas palavras.