'Rua do Medo' inicia com pé direito trilogia da Netflix

Dirigido por Leigh Janiak, a primeira parte da saga slasher estreia nesta sexta-feira, 2, no Brasil com homenagem ao clássico 'Pânico'

2 jul 2021 - 09h00
(atualizado às 12h13)

O assassino mascarado que persegue as suas vítimas é a base de qualquer filme de terror slasher. Acrescente a este enredo algumas pitadas de mortes sangrentas e uma dose de ‘ocultismo’, com a tradicional, e clichê, maldição centenária encabeçada pelo espírito maligno de uma bruxa. O resultado é uma sinopse que promete atrair os fãs do gênero a, ao menos, espiar durante alguns minutinhos ou permanecer atentos por 1 hora e 47 minutos. 

Assim chega Rua do Medo: 1994- Parte 1 à Netflix, primeira parte da trilogia dirigida por Leigh Janiak, que estreia nesta sexta-feira, 2. O longa é a adaptação de uma famosa série de livros de R.L Stine, popularmente conhecido como uma espécie de Stephen King do terror adolescente. Na história, um grupo de adolescentes é perseguido por um assassino mascarado em uma cidadezinha, Shadyside. Um local marcado pela pobreza, drogas e a longa lista de mortes chocantes que lhe rende a fama de “capital dos assassinatos dos EUA”. Para muitos a cidade seria amaldiçoada há séculos pelo espírito da bruxa Sara Fier.

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Cena de 'Rua do Medo: 1994 - Parte 1' que estreia dia 2 de julho na Netflix
Cena de 'Rua do Medo: 1994 - Parte 1' que estreia dia 2 de julho na Netflix
Foto: Divulgação/Netflix / Divulgação/Netflix

Diferente de outras tramas de terror adolescentes com personagens estereotipadas, Rua do Medo busca levar mais densidade para as histórias narradas; a pobreza e a falta de perspectiva da cidade representam uma sombra constante na vida desses jovens, que muitas vezes também são responsáveis por cuidar das suas famílias, financeiramente como Simon (Fred Hechinge) ou no âmbito doméstico, como Deena (Kiana Madeira).

Ao substituir o tradicional casal heterossexual por duas jovens mulheres como o par romântico central da trama, o filme traz outro olhar sobre a adolescência, este período de descobertas e de construção da identidade, colocando elementos como preconceito, aceitação, medo e homo afetividade na tela. Um ponto positivo já que historicamente o gênero cedeu pouco espaço para personagens LGBTQIA+.

Ambientado em 1994, o filme apresenta às gerações mais novas itens já em extinção: listas telefônicas, pagers, fitas cassetes e Portishead (assim como outras bandas clássicas da década). Uma experiência que deve despertar certa nostalgia do público com mais de 30 anos e que acerta em cheio na transposição da década para a tela. 

Rua do Medo não é um filme sobre inovação do gênero, mas sim sobre como fazer uma narrativa de terror equilibrada, que consegue revelar o seu mistério central com calma, boas doses de horror e humor, além de ótimas atuações de atores estreantes. E, claro, com muitas referências de clássicos do terror  slasher como Pânico e Halloween.

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 A saga continua com estreia já na próxima semana, 8 de julho, com Rua do Medo: 1978  - Parte 2.

Cena de 'Rua do Medo: 1994 - Parte 1' que estreia dia 2 de julho na Netflix
Foto: Divulgação/Netflix / Divulgação/Netflix
Fonte: Redação Terra
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