Padre Reginaldo Manzotti é um fenômeno de comunicação e popularidade.
Na TV, pode ser visto em programas na Rede Vida, TV Gazeta e TV Evangelizar. Suas mensagens são transmitidas em mais de 1.600 emissoras de rádio Brasil afora.
O canal oficial no YouTube está com 20 milhões de visualizações. Possui 605 mil seguidores no Twitter, mais de 800 mil no Instagram e 6,5 milhões no Facebook.
O sucesso não se limita à televisão e ao mundo virtual. O paranaense de 48 anos (23 deles como sacerdote) é conhecido como ‘o padre das multidões’.
No ano passado, reuniu 1,9 milhão de pessoas em um show no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza.
Está entre os autores que mais vendem livros e, graças à voz poderosa e ao repertório com letras de esperança, faz parte do restrito time de maiores vendedores de CDs no País.
Padre Manzotti acaba de lançar o single ‘Espalhar Amor’, em parceria com Simone & Simaria, dupla que integra o ‘The Voice Kids’, na Globo.
Em seu novo CD, ‘Tá na Mão de Deus’, lançado pela Universal Music, o religioso ousa ir além dos cânticos litúrgicos.
“É um álbum pop, com músicas que serão tocadas em todas as rádios, não apenas nas emissoras católicas”, explica.
O sacerdote conversou com o blog:
Como surgiu a ideia da cantar com ‘As Coleguinhas’?
Acompanho há tempos Simone e Simaria, esse fenômeno da música brasileira que veio para ficar. São mais do que um meteoro de sucesso. São duas estrelas. Mulheres vencedoras, esposas, mães com religiosidade forte. Souberam se reinventar e dar o melhor de si para o público. Fiquei encantado com a história das duas, o que elas foram e o que são. Sabendo que são pessoas que vieram de um berço humilde, católico, tive o desejo de convidá-las. As duas tratam o público com respeito, isso para mim é muito importante. Foi um prazer quando ‘As Coleguinhas’ aceitaram gravar comigo a música ‘Espalhar Amor’. O que elas fazem com autoridade e magnitude é justamente espalhar amor por meio da música, do sorriso, da vibração. É uma parceria que já deu certo. Trata-se da união do meu desejo de evangelizar com o tal ento e o carisma da dupla.
Qual a avaliação de seu trabalho na TV?
A evangelização na TV salva vidas. Ouço isso de pessoas que estavam pensando em suicídio e, ao zapear pelos canais, se deparam com meu programa e a providência de Deus os levou a desistir de se matar. A evangelização salva casamento, salva da depressão, salva quem passa pela provação de um câncer. As mensagens transmitidas pela televisão atuam na vida das pessoas como um divisor de águas, da tristeza para a alegria, da desesperança para a fé. Nós, comunicadores, temos o importante papel de formar opinião e criar consciência. Procuro fazer isso. As pessoas ligam a TV em busca de conteúdo, uma referência para a vida. Os canais de TV não têm o direito de entrar na casa das famílias sem pedir licença, sem respeito, para apresentar apenas maus exemplos. Nós somos obrigados a exibir modelos de vida. O Brasil precisa de uma televisão séria, que nos leve ao diálogo e reflexão.
Como lida com o status de celebridade?
Aquilo que não é visto não é lembrado. Meu papel na mídia é ressaltar que o mundo tem saída. Tenho usado os meios de comunicação para fazer lembrar as palavras e propostas deixadas por Jesus Cristo. Procuro atualizar essas mensagens, apresentá-las com nova roupagem, no linguajar de hoje. É muito útil para a cultura religiosa ocupar os meios de comunicação. Tem sido de grande valia atuar na TV, no rádio, na internet, nos shows. Uso a exposição pública para aplicar a proposta de Igreja, atrair para Deus. Não acho que, da minha parte, exista celebridade, e sim notoriedade.
A superexposição de sua imagem não o incomoda?
Lido bem com isso. Represento em primeira instância, como sacerdote, aquele que é o dono da mensagem, Jesus Cristo. Pregando, sou sacerdote; cantando, sou sacerdote; assim como ao fazer shows, postar no YouTube, interagir no Facebook, fazer programa no rádio e na TV, sou sempre sacerdote. Tenho a clareza de ser um mero mensageiro. Estou em paz com a Igreja a que pertenço e em profunda comunhão com meu bispo, Dom Peruzzo (arcebispo metropolitano de Curitiba), a quem devo respostas imediatas. Temos um diálogo franco sobre os perigos, os desafios de não se deixar manipular nem se envaidecer. É uma responsabilidade. Não sou só eu. Se eu cair, imagine quantos não irei derrubar. Tenho que ser coerente porque sou padre, atrás do meu nome há a Igreja. Atrás daquilo que faço existe uma história milenar. Às vezes é preciso modernizar, e eu faço, não tenho receio de inovar, mas sempre com responsabilidade. Estar em evidência na mídia e atrair muitas pessoas n&atil de;o é motivo de vanglória. No fundo, elas não estão em busca do homem Reginaldo Manzotti, e sim daquilo que represento.