É o mesmo arroz com feijão de sempre. ‘A Fazenda 11’ começou na noite de terça-feira (17) sem nenhuma novidade. Até o problema de escalação de elenco se repete.
Mesmo com incontáveis subcelebridades e artistas veteranos à disposição (muitos se oferecem nos bastidores e por meio da imprensa), a RecordTV prefere investir mais uma vez em vários desconhecidos do público.
Esses participantes são uma incógnita, já que quase ninguém sabe a respeito de sua personalidade. Podem surpreender ou voltar imediatamente para o quase anonimato após a eliminação.
Um terço dos competidores vieram de outros realities. Para alguns deles, atuar em programas do gênero já se tornou uma espécie de profissão.
Por que uma emissora com boa visibilidade como a RecordTV não consegue nomes mais fortes para compor a atração?
Muitos convidados declinam por concluir que o cachê não compensa a superexposição.
O risco de ‘queimar o filme’ e viver dias de extrema tortura emocional só valeria a pena com muito dinheiro na conta.
Antigamente, a presença em um reality show garantia o aumento da fama e um período de bom faturamento após o fim do programa.
Hoje, a maioria volta para o limbo instantaneamente. Poucos conseguem sobrevida artística e financeira. O rótulo ‘ex-reality’ é outro fator negativo: muita gente não quer carregar esse fardo pelo resto da carreira.
A largada de ‘A Fazenda 11’ não entusiasmou. O público acompanhou as apresentações de praxe com aquela falsa boa vontade de todos em conviver harmoniosamente.
Destaque absoluto no ano passado, o apresentador Marcos Mion tem a missão de liderar o show. Talento não falta – basta ter ânimo para aguentar um elenco inicialmente pouco atrativo.
‘A Fazenda 10’ repercutiu por ter sido um festival de barracos. No fundo, é o que o telespectador quer ver.
O reality rural da Record foi mais divertido do que as últimas edições do ‘BBB’ da Globo. Tomara que a nova temporada gere impacto semelhante.