Nesta segunda-feira, dia 15, o canal da RedeTV! no YouTube registra 6,2 milhões de inscritos e mais de 3 bilhões e 740 milhões de visualizações. Números impressionantes para a caçula entre as maiores redes de TV do País, há 19 anos no ar, que ocupa o quinto lugar no ranking geral de audiência.
A Globo, líder absoluta no Ibope, possui canal com ‘apenas’ 1,6 milhão de inscritos. Pouco atrás está a RecordTV, com 1 milhão. A Band tem 273 mil. Já o SBT, por conta do público infanto-juvenil de suas novelas, faz bonito na segunda colocação dessa lista: 6,1 milhão de inscrições.
Uma pesquisa rápida revela que os vídeos de pegadinhas do programa ‘João Kleber Show’ são o principal chamariz do canal da RedeTV! O mais visto deles ultrapassou 100 milhões de visualizações.
Mas há também boa performance de produções do departamento de jornalismo. Uma matéria de perseguição policial do ‘Operação de Risco’, atração apresentada por Jorge Lordello, foi vista até agora por 3,6 milhões de vezes.
Com forte investimento na área digital, a emissora comandada por Amilcare Dallevo Jr. e Marcelo de Carvalho não vê a internet como um adversário a ser combatido, e sim uma ferramenta eficiente para expandir o alcance de sua programação.
O blog conversou com o líder desse projeto bem-sucedido, o superintendente de Jornalismo, Esportes e Digital Franz Vacek.
Qual a explicação para o canal da RedeTV! fazer tanto sucesso e superar os de emissoras melhor posicionadas no Ibope?
Primeiramente nunca tratamos as mídias sociais como inimigas, ao contrário. Não nos posicionamos apenas como uma emissora de televisão, mas como grande produtora de conteúdo, distribuído em diferentes plataformas. Pensando nisso, criamos uma grade de programação digital diferente da veiculada na emissora. Ela passa em nossos canais digitais no YouTube e Facebook. No nosso portal temos uma excelente parceria com o UOL. Passamos a investir em blogs como o do jornalista Reinaldo Azevedo. Em 2016, durante nossos debates municipais, fomos pioneiros na realização de ‘lives’ em ambiente político. Esse ano fizemos ao lado de Facebook, Twitter, YouTube e UOL os maiores debates multiplataforma da história do país.
Na sua opinião, o futuro da TV aberta depende da interação com as redes sociais e o YouTube?
Creio que sim. Quem hoje não interagir com as redes sociais não fará TV amanhã da forma que conhecemos. O telespectador não quer ser passivo na televisão e exige ter voz ativa como faz na internet. Cabe a nós proporcionar essa experiência multitela. No programa ‘Mariana Godoy Entrevista’, por exemplo, os internautas fazem as perguntas aos entrevistados pelo Twitter. Não adianta também a televisão competir com o celular, que é a primeira tela do mundo. Precisamos unir essas experiências. Usamos hashtags em nossa programação e não temos medo de testar novas tecnologias e ferramentas. Usamos o ‘Periscope’ na cabine de transmissão de um jogo de futebol para que o internauta pudesse acompanhar a partida ao lado do nosso narrador. Não dá mais para pensar televisão olhando o passado e ignorando a revolução mundial da internet.
O êxito da RedeTV na internet ajudou a atrair o público mais jovem, que se interessa menos por TV?
Não dá para negar que isso foi uma consequência benéfica. As novas gerações passam pelo digital para consumirem conteúdo. A RedeTV! no YouTube é uma potência. Supera emissoras consagradas como BBC e CNN. Nossa emissora sempre esteve um passo à frente quando o assunto é tecnologia. Fomos a primeira HD do Brasil e a pioneira em uma transmissão 3DHD. É um DNA da RedeTV! não ter medo do futuro que já chegou no digital.
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