A chegada de Daniela Lima para apresentar o ‘Conexão’ ao lado de Leilane Leubarth e Camila Bonfim, após 3 anos na CNN Brasil, faz parte do movimento de reação da GloboNews contra o crescimento da rival Jovem Pan News.
Em maio, a diferença entre os dois canais no ranking de audiência foi de apenas cinco posições. Pela primeira vez, a GloboNews viu um concorrente representar uma ameaça real contra sua liderança.
Daniela tem o perfil ideal de âncora: apura notícias ao longo do telejornal ao vivo. Está a todo momento em contato com as fontes nas mais altas esferas de poder. Oferece ao público importantes ‘furos’, notícias em primeira mão no jargão jornalístico.
Além disso, é destemida ao comentar. Faz críticas contundentes baseadas em sólidos argumentos. Possui um estilo dinâmico de apresentar e interagir com os colegas. Não é como alguns apresentadores que apenas leem os textos no teleprompter sem acrescentar nada às pautas. Aliás, esse tipo está com o emprego em risco. Cedo ou tarde será substituído.
No momento, a GloboNews se destaca negativamente pelo excesso de coleguismo entre âncoras e comentaristas. Falta confronto de ideias e pluralidade ao interpretar os fatos. Daniela pode contribuir para mudar esse cenário.
A jornalista ganhou projeção pela cobertura incisiva do governo de Jair Bolsonaro. Incomodou tanto que foi alvo de ataques do presidente e de alguns aliados. Não se deixou abater.
Hoje, faz o mesmo em relação a Lula. Tomara que não perca essa qualidade na GloboNews, onde a maioria dos jornalistas é indisfarçavelmente pró-esquerda e tem dificuldade de criticar os erros do atual presidente.
