A apresentadora Antonia Fontenelle contou, em seu canal no Youtube, na quarta-feira, 16, ter pedido demissão da Jovem Pan por ter queixas com relação ao modo como seus colegas lidavam com o programa Morning Show. O pedido ocorre dois dias depois dela ter sido desmentida ao vivo pelo jornalista Paulo Mathias, quando falava sobre o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Desde o primeiro dia que entrei no Morning, eu já sabia que não ia dar certo trabalhar com Paulo Mathias e com o Felipeh Campos", afirmou Fontelle. Apesar disso, ela reforçou que gosta dos dois no lado pessoal, mas que profissionalmente falando não concordava com os colegas, frisando que era recorrentemente interrompida pelos dois.
"Não gosto da forma com que o Felipeh trabalha, nunca apresentaria um programa de fofoca na minha vida. E o Paulo Mathias, que não tem simpatia nenhuma, ele corta as pessoas. Acabou, não quero mais. Se eu errasse com um colega meu e causasse um transtorno desses, eu no mínimo viria aqui pedir desculpas. Isso não é sobre ninguém, isso é sobre mim. Eu sou dona do meu nariz. Eu liguei e pedi: ‘Rescindi esse contrato pra mim, por favor, que eu não quero mais’. Não tá legal, não tá fazendo bem", disse.
Desmentida ao vivo
A situação em que foi desmentida aconteceu na segunda-feira, 14, quando Antonia comentava o caso das joias recebidas por Bolsonaro e comparou com os presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagens oficiais.
"Cadê os contêineres de presentes que o Lula ganhou de chefes de estado mundo afora? Ele prestou contas? Disse onde estão os presentes e o que foi feito com eles?", questionou.
O apresentador Paulo Mathias a interrompeu e disse que "por ética jornalística" era obrigado a falar os fatos. "As pessoas não entendem quando a gente precisa abordar o fato. O fato, por muitas vezes, incomoda narrativas políticas. Lula devolveu 559 presentes incorporados ao acervo pessoal dele e pagou por itens desaparecidos", disse, usando informações do Tribunal de Contas da União, o mesmo órgão que investiga Bolsonaro.