Após a repercussão bombástica de sua revoltante defesa da existência de um partido nazista e da liberdade de ser anti-judeu, o então apresentador do podcast Flow, Bruno Aiub, o Monark, postou um vídeo para se desculpar.
A argumentação de que estava alcoolizado não convenceu e ele conseguiu piorar o que já estava ruim ao usar um termo preconceituoso. “Todo nazista é um retardado mental, é um idiota, um completo imbecil”, disse na gravação.
Retardado mental é uma maneira pejorativa de se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. Tão reprovável quanto dizer mongol e mongoloide. Antigamente, era comum ouvir essas nomenclaturas. Hoje, são ofensivas e segregacionistas.
No TikTok e no Instagram, o influenciador da inclusão Ivan Baron, que é PcD (pessoa com deficiência), rebateu o equívoco cometido por Monark em sua tentativa de fazer um mea-culpa após parceiros comerciais do Flow romperem contrato e condenarem sua fala antissemita.
“Ainda é muito comum associar pessoas preconceituosas, ignorantes e até mesmo nazistas como se elas tivessem deficiência. E não, são duas coisas totalmente diferentes”, explica o ativista em vídeo postado em suas redes sociais.
“Deficiências não se escolhe e não é um problema pra ninguém. Já ser alguém que compartilha ódio e violência é uma escolha sim e, pra isso, tem uma solução: cadeia.”
Conforme Ivan Baron ensina em seu e-book ‘Guia Anticapacitista’, o capacitismo é o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. Um erro comum é tratá-las como ‘coitadas’ e incapazes.
A lição direcionada a Monark serve a todas as pessoas sem deficiência que, do alto de sua arrogância, se acham ‘normais’ e não buscam conhecimentos para tratar as PcDs com respeito e igualdade.