As agências de análise de risco são uma espécie de farol para os mercados corporativo e financeiro.
As análises e notas emitidas por essas instituições conferem maior ou menor confiabilidade às grandes empresas públicas e privadas, apontando caminhos aos investidores e bancos que liberam empréstimos milionários.
Uma das mais conhecidas é a Fitch, sediada em Nova York. Em julho, a agência aumentou a nota do Grupo Globo (Globo Comunicação e Participações S.A.).
Nas quatro avaliações anteriores, entre maio de 2020 e janeiro deste ano, a companhia da família Marinho recebeu classificação BB-, ou seja, BB com viés negativo.
No mais recente ranking, subiu para BB estável, de volta ao patamar de novembro de 2019, antes do impacto da pandemia de covid-19 nas finanças e no resultado financeiro do grupo.
Na prática, o que isso quer dizer?
Para o mercado, sinaliza que a Globo está em recuperação após o prejuízo de R$ 174 milhões em 2021, ano em que teve receitas de R$ 14,4 bilhões, 15% maiores que em 2020.
Se faturou mais, por que não deu lucro?
Por dois motivos. O primeiro, o aumento significativo dos custos de operações, reflexo da instabilidade econômica do País. O segundo: a cúpula preferiu manter a previsão de investimentos (especialmente no Globoplay) e, com isso, sacrificou a lucratividade.
A mesma agência Fitch previu em relatório divulgado em janeiro aumento de 11% nas receitas do Grupo Globo em 2022, com previsão de faturar R$ 15,7 bilhões.