Apresentador chora ao noticiar morte de colega: “Me ensinou a segurar o microfone”

Marcelo Cosme manifestou gratidão a Julieta Amaral, primeira negra no vídeo do telejornalismo no Rio Grande do Sul

27 out 2024 - 00h19
(atualizado às 00h20)

O destino, às vezes, é traiçoeiro. Nos coloca em situações de extremo drama. De plantão no sábado (26), no ‘Jornal do Meio-Dia’ da GloboNews, Marcelo Cosme teve de dar a notícia da morte de uma amiga e grande incentivadora de sua carreira. 

Mal começou a ler a notícia sobre Julieta Amaral, ele foi tomado pela emoção e terminou em prato de choro, consolado pela parceira no estúdio, Leilane Neubarth. (Assista ao vídeo no fim deste texto.)

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Vítima de câncer aos 62 anos, Julieta Amaral quebrou tabu ao ser a primeira repórter e apresentadora negra do telejornalismo gaúcho. 

“Ela foi minha colega, minha chefe, minha mentora quando eu era estagiário”, contou Cosme, que também começou a carreira na RBS, afiliada da Globo no RS. 

“Há uns 3 meses, eu não sabia da doença, e numa pauta no ‘Em Pauta’, sobre mulheres negras, eu pude agradecer o quanto ela foi importante na minha vida”, disse, com voz embargada pela comoção.

Marcelo Cosme deixou a emoção fluir ao noticiar a morte da também jornalista Julieta Amaral
Marcelo Cosme deixou a emoção fluir ao noticiar a morte da também jornalista Julieta Amaral
Foto: Reprodução/TV

“A Julieta foi a mulher que me ensinou a segurar o microfone. Eu estreei na apresentação um dia que ela olhou pra mim e disse assim: ‘Hoje você vai apresentar o ‘Bom Dia Rio Grande’ porque você tem de aprender’.” 

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Marcelo ainda deu uma informação capaz de aumentar a tristeza de todos: Julieta morreu sem conhecer a primeira neta, que nascerá em apenas duas semanas.

Apoiado por Leilane Neubarth, Marcelo Cosme precisou enxugar as lágrimas ao comentar a importância de Julieta Amaral em sua carreira
Foto: Reprodução/TV

Em seu perfil no Instagram, o âncora postou uma mensagem. “Eu passaria horas escrevendo o que aprendi com ela. A maior lição que me passou foi a de que o jornalismo serve para ajudar as pessoas! Julieta sempre fez o jornalismo comunitário, de rua, de porta, de escola, de hospital, de creche, de universidade (...). Ela sempre dizia ‘o povo ajuda o povo’. E ela ajudou a melhorar e transformar a vida de muita gente, reportando! Fez história, fez a diferença em milhares de pessoas”, diz trecho.

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