Um homem tem o direito de tentar calar uma mulher? Essa é a questão levantada pela atitude de Marco Paulo, apresentador do canal português SIC (parceiro da Globo), ao levar sua mão até a boca da colega Ana Marques para impedi-la de falar.
A cena transmitida ao vivo viralizou e dividiu opiniões. Muitos telespectadores consideraram uma grosseria machista inaceitável baseada no preconceito de que mulher fala demais.
Outros enxergaram um gesto de arrogância de um apresentador com explícita dificuldade de dividir os holofotes com outro artista. Mas teve quem viu apenas uma brincadeira, ainda que polêmica. O fato de Ana Marques ter rido da situação deixou o público confuso.
Na imprensa, o caso foi tratado de maneiras distintas. Algumas matérias afirmaram ter havido agressão física e sexismo enquanto outras reportagens minimizaram o fato. Na TV, debates tentaram esclarecer a situação.
O histórico de Marco Paulo depõe contra ele. Tem fama de sofrer de “síndrome de diva”, como apontou o site sobre celebridades ‘Flash’. Já se indispôs anteriormente com Ana Marques diante das câmeras.
Certa vez, a mandou calar a boca argumentando que o programa era dele. Em outra ocasião, reclamou tanto da parceira de palco que ela se levantou do sofá e saiu de cena.
Esse clima de tensão não ocorre apenas com apresentadores portugueses. A mesma animosidade se vê em canais brasileiros – de programas de entretenimento a telejornais – quando há duas ou mais pessoas no comando.
Quase sempre surge uma guerra de egos. Às vezes, os envolvidos até disfarçam quando estão interagindo. Mas, nos bastidores, o clima é tóxico. Muitos nem se cumprimentam fora do ar e fazem o possível para reduzir a visibilidade do rival na TV.