“Sobrou só eu, sozinha”, disse Jessilane, após chorar pela eliminação de Natália, alvo de 83,43% dos votos. A professora de Biologia, de 26 anos, é a única mulher a permanecer no reality show das 11 que estiveram na edição.
Em outra circunstância, poderia ser a rainha entre os súditos. “Bendito o fruto entre os homens”, brincou a educadora na transmissão do Multishow, na madrugada desta quarta-feira (13).
Não é o caso. Jessi tem consciência de ser o elo mais fraco. Não pelo gênero, e sim pela falta de afinidade e contato com o grupo masculino liderado por Arthur Aguiar. Aliás, ela nunca foi próxima dos piruliteiros (lollipopers) nem dos ‘parças’ do quarto Grunge.
Frágil emocionalmente, apoiou-se em Lina e Natália, as eliminadas mais recentes. “No próximo Paredão, serei eu ou você”, disse em conversa com Eli. “Vamos sair com diferença de poucos dias”, previu, rindo. “Mas eu ainda vou acreditar, vamos ter fé. Por favor, Brasil”, pediu. “Vai ficar chatíssimo se ficar só eles.”
A maior parte dos telespectadores sinaliza não concordar. A tendência indica uma final 100% masculina. Caso se confirme, será a primeira vez que o ‘Big Brother Brasil’ terá um pódio sem uma mulher. O domínio dos homens nesta edição contrasta com as últimas 6 temporadas, vencidas por sisters (e outras 4 ficaram em 2º lugar).
Hoje, a chance de Jessi chegar à final é mínima. Sua imagem acabou contaminada pela antipatia dos fãs do favorito Arthur, o ‘Pãozinho’. Ainda que ela tenha a torcida de muita gente que a vê como merecedora do prêmio por sua história de vida, o número se mostra insuficiente para salvá-la de uma berlinda.
Nas redes sociais, alguns posts sugeriram a união das mulheres por Jessi. Haveria tal solidariedade feminina? Quem confere os comentários nos perfis que cobrem o ‘BBB22’ constata que a maioria das telespectadoras não se sensibiliza pela goiana: quer Jessi fora da casa. Acham que chorou muito e jogou pouco.
A ideia na política de que ‘mulher não vota em mulher’ pode fazer sentido nesta edição do programa mais controverso da televisão. “Salvem a professorinha”, gritava Caco Antibes (Miguel Falabella) em bordão lançado no ‘Sai de Baixo’. Tudo indica que, desta vez, não haverá salvação.