Nesta sexta-feira (21) será liberado na Max o último capítulo de ‘Beleza Fatal’. Na Band, a novela criada por Raphael Montes começou a ser exibida no dia 10.
A produção fez sucesso. Atingiu bons índices de acessos na plataforma digital e movimentou as redes sociais. A vilã caricata Lola (Camila Pitanga) caiu no gosto do povo.
Com clichês e reviravoltas, ‘Beleza Fatal’ provou que a fórmula do novelão clássico ainda é viável. Basta acrescentar pitadas de frescor para oxigenar o gênero e estabelecer uma comunicação com as novas gerações. Neste caso, com personagens e cenas ideais para viralizar.
Um folhetim contemporâneo não pode ter vergonha de, às vezes, ser exagerado, cafona e manipulador de emoções. Os amantes de telenovela gostam dessa dinâmica. Buscam justamente o entretenimento descolado da realidade dura em que vivem.
Na prática, ‘Beleza Fatal’ não incomodou a Globo. Fez menos barulho nos corredores da emissora do que ‘Pedaço de Mim’, da Netflix, grande sucesso de ficção de 2024. Na época, a emissora líder no Ibope sentiu o impacto da principal concorrente do Globoplay.
A primeira semana da exibição da novela da Max na Band não chegou a 2 pontos de média, sem incomodar o SBT e a Record. Há potencial de crescimento, porém, não vai chegar nem perto dos 20 pontos registrados pela Globo na mesma faixa horária.
‘Beleza Fatal’, ‘Pedaço de Mim’ e ‘Todas as Flores’ confirmam que novelas curtas, entre 40 e 60 capítulos, são mais adequadas para o tempo atual. A internet mudou a velocidade do interesse das pessoas, agora impacientes com tramas de 150, 200 capítulos. Ninguém tolera enrolação.
