“A partir da próxima segunda-feira, dia 14, a Sessão da Tarde passa a ir ao ar mais cedo, às 14h, com o fim do Vídeo Show. O programa que mostrou os bastidores das produções da Globo durante mais de 35 anos se despede do público nesta sexta-feira, dia 11.”
Assim, num sucinto comunicado oficial, a emissora anunciou o fim de uma das atrações mais queridas da televisão brasileira.
Exibido desde 1983, o Vídeo Show sai do ar em razão da incapacidade da Globo de reinventar o programa.
A emissora não conseguiu reverter a crise de audiência de sua produção vespertina.
A situação começou a se agravar a partir de novembro de 2013, quando um novo formato, sob o comando de Zeca Camargo, foi rejeitado pelo público.
De lá pra cá aconteceram inúmeras mudanças, inclusive de apresentadores. O DNA do Vídeo Show jamais foi recuperado.
A base do programa era a curiosidade do telespectador com o que há atrás das câmeras.
Agora, na era das redes sociais, nada mais parece ser novidade. Os próprios artistas abrem sua intimidade a seus seguidores – e as plataformas digitais da Globo mostram quase tudo.
O Vídeo Show dependia também da paixão do brasileiro pelas novelas. O sentimento pelo gênero continua, mas sem a mesma intensidade. As tramas e seus bastidores nãos suscitam o mesmo interesse.
O programa teve o mesmo triste destino do Vitrine (1990-2012), atração da TV Cultura de São Paulo com a mesma identidade. Foi dele que Renata Ceribelli saiu diretamente para o Vídeo Show.
Tomara que a Globo providencie um quadro em alguma outra atração para explorar seu rico acervo de imagens.
As novas gerações precisam conhecer a TV fascinante que se fazia antigamente. E quem teve a sorte de acompanhar os melhores anos do Vídeo Show merece ver tudo de novo.
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