Alguns famosos vaidosos deram vexame no velório de Gugu

Atitudes inadequadas foram flagradas pelas câmeras e observadas nos bastidores

30 nov 2019 - 10h27
Gugu Liberato teve um dos velórios mais longos e midiáticos entre as celebridades da TV
Gugu Liberato teve um dos velórios mais longos e midiáticos entre as celebridades da TV
Foto: RecordTV / Divulgação

Em um velório, a ética se une à etiqueta: quanto maior a discrição, melhor a impressão que se passa. Tal conduta é demonstração de respeito ao morto e solidariedade à família.

Mas, no funeral de celebridades, tornou-se frequente pessoas traídas pelo próprio ego transformarem uma cerimônia lastimosa em show particular de autopromoção.

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Aconteceu, infelizmente, durante as quase 24 horas de velório de Gugu Liberato. Vimos alguns artistas mais preocupados em se expor na mídia do que consolar a família do falecido.

Teve personalidade de TV dominada pelo exibicionismo ao exagerar no visual luxuoso, mais adequado a um desfile da São Paulo Fashion Week do que a um velório.

Houve flagrante excesso de comoção de quem parecia interessado em atrair a atenção das dezenas de fotógrafos e repórteres-cinematográficos.

Em entrevistas à imprensa, certos famosos falaram mais de si mesmos do que de Gugu. Nas redes sociais, perfis de determinados artistas postaram links de matérias com suas fotos diante do caixão.

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Outros posaram, sorridentes, para selfies com populares, como se fosse uma ocasião festiva. Aliás, o uso de celulares para fotografar e filmar o morto extrapolou o bom senso.

Os excessos nas despedidas a Gugu tornam compreensível a decisão de muitas famílias de artistas de realizar velório fechado, sem acesso de jornalistas e do público.

A cobertura televisiva foi respeitosa. Até os âncoras conhecidos pelo flerte com o sensacionalismo atuaram de maneira correta. Gugu recebeu homenagens merecidas.

O destaque ficou com a Globo: o canal deu amplo espaço para a internação, o velório e o enterro. Passou por cima do esnobismo de sempre e apresentou uma cobertura jornalística acertada.

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Já o SBT, berço artístico e casa de Gugu por 30 anos, causou estranhamento ao fazer poucos registros da cerimônia. Mas, como todos sabem, da emissora de Silvio Santos não se pode esperar coerência.

Cobrir a morte de um ídolo é sempre um desafio à imprensa. Qualquer descuido pode resultar em vulgaridade ou enaltecimento excessivo. Desses episódios deve-se aprender outra qualidade compartilhada por éticos e bem-educados: o comedimento.

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